terça-feira, 10 de julho de 2012

Marcha das Vadias marca presença no protesto durante o Dois de Julho

Cerca de 50 pessoas entre mulheres e homens participaram da Marcha das Vadias durante as comemorações ao Dois de Julho na Bahia nesta segunda-feira (2). A marcha teve início na Lapinha e seguiu passando pela Praça Municipal em direção ao Campo Grande, na capital baiana, o mesmo circuito feito por políticos. Com cartazes e megafones elas pediam a não violência contra a mulher e a não violência infantil, assim como o direito ao aborto.

g1.globo.com/bahia

Marcha das Vadias

Segundo as organizadoras, o movimento recebeu esse nome em um protesto no Canadá. A ação foi uma resposta à declaração de um policial durante uma palestra na universidade de Toronto, uma das mais importantes do país. O agente teria sugerido às estudantes que evitassem se vestir como “vadias”, para não serem vítimas de assédio.

O comentário do policial revoltou as alunas, que pensaram em realizar uma manifestação diferente contra a ideia de culpar as mulheres pela agressão que sofrem. As líderes do movimento argumentam que nenhuma agressão sexual pode ser justificada pelas roupas, pelo comportamento ou pelo estilo de vida da pessoa agredida.

Tradição quebrada

Pela primeira vez em 186 anos de tradição, o grupo de vaqueiros "Encourados de Pedrão" deixa de participar do cortejo cívico em comemoração à Independência do Brasil na Bahia, que ocorre nesta segunda-feira (2), em Salvador. Os vaqueiros são da cidade de Pedrão, distante cerca de duas horas da capital, e tradicionalmente desfilam à frente dos carros do caboclo e da cabocla, em cavalos, desde 1826.

Segundo Anderson dos Santos Maia, presidente da Associação dos Encourados, a ausência foi provocada porque o caminhão contratado para deslocar o grupo até Salvador não compareceu. A espera durou cerca de quatro horas, das 3h às 7h, quando os vaqueiros decidiram desistir.
Início antecipado

A solenidade de hasteamento das bandeiras, que marca o início do desfile cívico do 2 de Julho, dia da independência do Brasil na Bahia, foi realizada por volta das 8h desta segunda-feira, mais de uma hora antes do previsto na programação oficial.

O ato aconteceu no Largo da Lapinha, em Salvador, e foi acompanhado pela população e diversos grupos de manifestantes - entre eles, professores em greve. Por volta das 6h, uma alvorada de fogos iniciou a programação festiva.

Entre autoridades políticas, estiveram presentes o governador Jaques Wagner, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, e a presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB), Consuelo Pondé, a única que fez discurso. "Esta data lembra aqueles que dedicaram as suas vidas pela consolidação da independência do Brasil", afirmou. João Henrique, prefeito de Salvador, não participou da abertura da festa cívica, considerada a mais importante na história da Bahia.

A celebração, que completa 189 anos este ano, presta homenagens aos heróis da independência, como índios, negros e personagens históricos como Maria Quitéria, Joana Angélica, General Labatut.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/bahia/  em 09 de julho de 2012 às 09h38min.

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