De 20 a 25 de novembro, mulheres de mais de 30 países estarão reunidas na Cidade Quezon, Filipinas, para o 8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Realizado a cada dois ou três anos, o encontro tem o objetivo de avaliar ações e desenhar linhas de trabalho para os anos seguintes, além de fortalecer o movimento.
Este ano, entre os temas em pauta estará à discussão sobre o contexto socioeconômico e político mundial, pois é a partir dele que a Marcha planeja suas ações. “A crise econômica só será terminal se a gente tiver alternativas.
Vemos formas de organização em acampamentos, principalmente nos países no Norte, mas a gente tem que debater que tipo de movimento é necessário para o atual momento e o que a MMM pode fazer”, explica Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha.
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Está disponível, no site da Marcha, um texto que subsidiará o debate no 8º Encontro Internacional.
Para a marcha, o fundamental é avaliar como essa conjuntura repercute na vida das mulheres em todo o mundo, com ataques de setores ultraconservadores aos direitos civis, sexuais e reprodutivos, reforçados pela mídia, que, na opinião do movimento, fortalece a ofensiva contra as mulheres.
“Apesar da existência de várias leis contra a violência de gênero, temos testemunhado a intensificação da violência contra as mulheres, expressa no feminicídio. Em particular, temos notado em todos os continentes o aumento de violência contra mulheres (e as suas famílias) que estão ativas em movimentos sociais. Esta situação também se reflete na violação e perseguição de mulheres, particularmente no contexto de militarização”, assinala o texto.
Outro objetivo do evento, segundo Míriam, é pensar a organização interna. “A gente quer garantir uma estrutura flexível, a mais horizontal e democrática possível. Temos que rever estatuto e regras de funcionamento. Será iniciado processo para eleger o Comitê Internacional da Marcha e também para eleger Secretariado Internacional, que ainda está com o Brasil”.
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