O módulo 5 aborda a transversalidade de gênero e raça dentro da gestão
pública e para entendermos como isso ocorre vamos ver um pouco do processo de
transformação das políticas públicas no Estado brasileiro a partir da
perspectiva da transversalidade, da intersetorialidade e da
interseccionalidade, sobretudo no que concerne à influência dos movimentos
sociais, bem como, os marcos históricos, conceituais e institucionais das
políticas públicas de gênero e raça aqui apontados visam demonstrar como
ocorreu, na contemporaneidade, a formulação e o desenvolvimento da noção e das
práticas em torno da cidadania e, em especial, indicar a atuação dos movimentos
sociais nesse âmbito.
Nos lança um grande desafio na elaboração de políticas públicas com
recorte de gênero e raça, uma vez que esta perspectiva acarreta,
necessariamente, a promoção social da igualdade e o combate às estruturas que
reproduzem as relações de poder entre homens e mulheres e a discriminação de
raça e etnia. Para compreendermos melhor retornaremos as últimas décadas do
século XX que foram palco de grandes transformações nas economias mundiais. O
que marca a diferença no século XX é o caráter transnacional da articulação dos
movimentos, sua maior visibilidade e centralidade na agenda política da maioria
dos países. A expansão dos novos movimentos sociais contou com a incorporação
de sujeitos coletivos e de segmentos na sociedade da informação e do
conhecimento.
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Os conceitos utilizados modulo 5 são
planejamentos, orçamento, monitoramento e avaliação de programas e projetos de
políticas publicas focadas para gênero e raças.
Todo programa e projeto de política publica
são planejados e sustentados através de um orçamento e no Brasil se tem o Plano
Plurianual (PPA); a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
Anual (LOA).
Abaixo estão alguns conceitos ao qual foram
abordados em todo o módulo 5 e que mereçem destaque:
Estado-Providênvia –
Outra denominação para designar o Estado de Bem-Estar Social ou Welfare State.
Transversalidade
de gênero e raça – Pressupõe a incorporação da perspectiva de
gênero e de combate ao racismo em todas as políticas públicas propostas pelo
Estado e desenvolvidas em cada área governamental e que tenham impactos no
combate à pobreza e às desigualdades sociais e econômicas.
Accountability –
Refere-se à ideia de responsabilização, controle e fiscalização dos agentes
públicos. Trata-se de visibilizar as ações do Estado mediante a transparência
na prestação de contas e no resultado das políticas públicas adotadas e
implementadas.
Participação
e controle social – Relaciona-se à participação da sociedade
no acompanhamento e na verificação das ações da gestão pública na execução das
políticas públicas, avaliando os objetivos, os processos e os resultados.
Patrimonialismo –
Designa que o Estado não distingue os limites do que é público e do que é
privado.
Conselhos –
São órgãos colegiados com incumbência de formular, supervisionar e avaliar
políticas públicas. Consulta pública – é um mecanismo para colher contribuições
tanto de setores especializados quanto da sociedade em geral sobre políticas e
os instrumentos legais que irão orientar as diversas ações públicas no país.
Intersetorialidade –
Consiste na promoção de ações integradas entre diversos órgãos setoriais, com
base na compreensão de que, isoladamente, um único órgão não consegue promover
ações que abarquem a integralidade da demanda social.
Ouvidoria – é
um profissional que está cada vez mais presente em organizações públicas e
privadas, atuando como representante dos cidadãos, dos clientes junto à
instituição.
Política
Pública com recorte de gênero e raça – São políticas públicas
que reconhecem o fato de que as diferenças entre homens e mulheres e as
diferenças raciais estão na base das desigualdades e, a partir desse
reconhecimento, implementam ações diferenciadas para atender às demandas
específicas de cada segmento, visando contribuir para a superação dessas
desigualdades.
Projeto – é
a unidade mínima de destinação de recursos que, por meio de um conjunto
integrado de atividades, pretende transformar uma parcela de a realidade,
suprindo uma carência ou alterando uma situação-problema.
Plano – é
a soma dos programas que procuram objetivos comuns, ordena os objetivos gerais
e os desagrega em objetivos específicos, que constituirão por sua vez os
objetivos gerais dos programas. O palno inclui a estratégia, isto é, os meios
estruturais e administrativos, assim como as formas de negociação, coordenação
e direção (Cohen & Franco, 1993:86).
Orçamento
público – é um instrumento utilizado pelos governos para
organizar seus recursos financeiros, e reflete as politicas públicas.
Plano
Plurianual (PPA) - é considerado a lei de maior alcance para
o estabelecimento das prioridades e o direcionamento das ações do governo.
ALDO – é
o conjunto de leis que determina a responsabilidade para conduzir o orçamento
público. Nela estão discriminadas as receitas e as despesas de uma administração
para o ano fiscal.
Indicadores –
São elementos concretos, observáveis na realidade, que indicam a medida do
sucesso ou do fracasso em relação a objetivos propostos e a resultados
esperados.
Controle
social - quer dizer desenhar mecanismos de prestação social de
contas e avaliação de desempenho próximo da ação. Em ambientes democráticos,
cresce a demanda da sociedade organizada pela transparência na gestão de
recursos públicos, o que só é possível com a avaliação sistemática das ações
empreendidas pelo governo.
Monitoramento - é
a avaliação constituem etapas fundamentais da formulação e da implementação de
políticas públicas. É um processo permanente de coleta, análise e
sistematização de informações e de verificação do andamento de um programa, em
comparação com o desempenho pretendido.
Eficiência –
Relaciona-se à minimização dos custos e à maximização dos resultados. “Fazer
mais com menos”.
Eficácia –
Grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo,
independentemente dos custos implicados. Está relacionada aos resultados sobre
a população beneficiária e a sociedade.
Efetividade –
Correspondência entre os objetivos propostos e os resultados atingidos, ou
seja, a relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos
(impactos esperados).
Indicadores
de processo - Constituem instrumentos essenciais para a
condução do monitoramento e deverão ser definidos para todas as ações
previstas. Os “Meios de verificação” referem-se aos meios que permitirão
constatar/confirmar os indicadores apontados.
Parceria - Reunião
de esforços com objetivo comum (Dicionário Houaiss). O projeto social se
fortalece quando é planejado, executado e avaliado juntamente com instituições
parceiras. A parceria se concretiza na medida em que todas as partes contribuem
para o projeto, ainda que de diferentes maneiras.
Avaliação - É
uma pesquisa social aplicada, sistemática, planejada e dirigida, destinada a
identificar, obter e proporcionar de maneira válida e confiável informação
suficiente e relevante para apoiar um juízo sobre o mérito dos diferentes
componentes de um Programa.
Finalidade
da avaliação - é fundamental que se saiba quem demanda
informações e para que elas servirão.
A avaliação de resultados tem objetivos
ambiciosos, sendo o primeiro deles indagar se houve alterações na
situação-problema após a intervenção.
Planejamento – É
apresentado como a estratégia fundamental para a economia e o bom uso do tempo.
É indicado que toda a hora aplicada em planejamento eficiente economize três ou
quatro horas na execução, além de produzir melhores resultados, maximizando o
valor do tempo despendido (Luck, 2003:37-38).
O
compromisso ético - Aqui entendido para além de um conjunto de
valores morais fundados na lisura e na honestidade, mas como uma atitude de comprometimento
da/o gestora/o como os resultados efetivos das ações.
Diagnóstico - Consiste
na análise da situação problema ou da realidade sobre a qual se pretende atuar.
Essa análise subsidia a formulação de todas as etapas do projeto.
Metas –
Você precisa ter metas para atingir seu objetivo. As metas geralmente trazem números,
porcentagens e prazos a serem atingidos. Trazem conteúdos quantitativos e
qualitativos. Para a realização da meta você tem que executar algumas
atividades.
Etapas –
Cada meta está subdividida em etapas, que dizem respeito a cada uma das ações e
atividades que devem acontecer para se atingir a meta. A etapa organiza o que
será desenvolvido, e estabelece as prioridades de execução das diferentes
partes até que se complete o todo e se realize a meta.
Fonte: Texto produzido pela aluna GPP-GeR/UFES – Margareth da Penha Spinassé Lechi –
Polo Aracruz – ES, com base nos textos do módulo 5. In: Curso de Formação em
Gestão de Plíticas Públicas em Gênero e Raça/GPP-GeR. Acessados em
25/05/20012:ttp://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo5.
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