A violência doméstica
é uma triste realidade no município de Aracruz-ES, assim também como é no
restante do Brasil. A cada dois dias pelo menos uma ocorrência de violência
doméstica contra mulheres é registrada pela Polícia Militar no município, um
número que cresce nos finais de semana, onde é maior o consumo de álcool.
Especialmente aos domingos uma parcela significativa da população, faz uso de
bebidas alcoólicas de forma desregrada e exagerada, o que acaba por contribuir
com o aumento do número de ocorrências de agressão, confusões entre vizinhos,
lesões corporais, e o mais preocupante o aumento no numero de agressões
domésticas contra mulheres.
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Muitas vezes a agressão física não se consuma,
mas as ameaças e xingamentos torturam a mente das mulheres vítimas e as abalam
psicologicamente. O que deve ser feito diante dessa constatação, é uma atuação
mais presente e mais firme da Polícia Militar através do primeiro atendimento
que é prestado a mulher vítima de violência, e também uma atuação mais profunda
da Delegacia da Mulher, onde através de uma investigação mais profunda, poderá
se alcançar indícios suficientes para o pedido de prisão temporária ou
preventiva do agressor.
Com o advento da lei Maria da Penha, uma grande
expectativa se formou, com a esperança de que tal diploma legal pudesse como em
um passe de mágica, fazer cessar os casos de violência doméstica no Brasil. É
importante ressaltar que a violência doméstica, na maioria dos casos ocorre de
forma gradativa: se inicia com agressões verbais, insultos, agressões físicas e
por fim com morte ou tentativa desta. Nesse caso deve-se dar importância aos
primeiros sintomas da violência, fatos estes que são atendidos de forma expressiva
pela Polícia Militar.
Sendo assim diante do atendimento de uma
ocorrência de calúnia, injúria ou difamação em um contexto de violência
doméstica, o policial militar deve dar muita atenção a tal situação, inclusive
estando preparado para orientar a vítima da agressão ou do crime contra a
honra, a denunciar qualquer outra ameaça de agressão que vier a ocorrer.
Tais ocorrências devem ser conduzidas e
encerradas na delegacia da mulher, ou em uma delegacia de plantão, pois mesmo
que não seja o caso de prisão do agressor, mas o fato de mostrar que as
autoridades competentes estão a par da situação, inibirá futuras investidas do
agressor contra a vítima, além de retirar as partes de um ambiente mais
fragilizado e de dar um tempo para que os ânimos se acalmem. Sem dúvidas o álcool
contribui para o aumento da violência doméstica, e qualquer sinal de abuso de
bebidas merece a devida atenção da Polícia Militar, pois fatos mais graves
serão evitados, e a integridade física de muitas mulheres será preservada.
Fonte: Texto produzido pelo aluno
GPP-GeR/UFES – Márcio Cunha Cabral – Polo Aracruz – ES.
Com certeza o alccol é um dos elementos que gera a violência, mas o vilão mesmo acredito que seja a desestrutura familiar no âmbito financeiro, pois é raro o amor sobreviver sem a estabilidade financeira, o financeiro abre leque aos vícios e esses vícios transforma o homem, os torna mostro... Séra que a polícia está preparada de fato para lidar com a violencia doméstica? O que se tem observado é a desvalorização da polícia, ela nem sequer cuida da preparação dos policiais que passam por traumas frequente e que necessitam de um apoio psicológico, o que se tem observado na mídia é policiais agressivos e sem preparo. A violencia doméstica tem de acabar, mas tamnbém precisamos olhar e cuidar dos que prestam serviço a sociedade.
ResponderExcluirMuito bom sua matéria e não sei se estou enganada mas, vc é novo por aqui.
Abraço a todos.
Claudia/Assistente Social
Vara da Infância e Juventude
Olá Claudia, boa noite, gostaria de inicialmente agradecer a sua opinião, ela é muito importante para nós e para fomentar a discussão sobre o tema abordado pelo Márcio. Realmente a matéria produzida por ele ficou muito boa, e ele é conhecedor do assunto, como capitão da PMES com certeza nesses anos de serviço prestados a segurança pública do Espírito Santo já deve ter se deparado com inúmeros casos de violência doméstica.
ResponderExcluirQuando ao despreparo dos policiais frente a esse tipo de situação, eu coaduno com a sua opinião, mas tenho a certeza que a formação policial, principalmente no ES vem sofrendo uma grande transformação e melhora, mas realmente está muito aquém da ideal. Essa mudança ocorreu principalmente nos últimos 08 anos, principalmente com a criação da Secretária Nacional de Segurança Pública, que fomentou diversas políticas públicas de incentivo a formação policial.
E o Marcio está conosco desde o início e tem outras matérias de sua autoria postadas no blog, é só conferir no “arquivo do blog”, na coluna da direita.
Um abraço e sinta-se a vontade para comentar, criticar e dar sugestões sobre as matérias aqui postadas.
Até a próxima
Anderson Pissinate Poltronieri
Aluno GPP-GeR/UFES – Polo Aracruz - ES