segunda-feira, 2 de abril de 2012

“Nossa realidade...”


Bem, neste módulo teria que pesquisar em minha comunidade casos que se ajustam ao tema do módulo que estamos estudando e fazer um resumo desta pesquisa.

Sou Assistente Social e gerencio os projetos sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social de Aracruz. Não há nada de dados estatísticos sobre os assuntos abordados no módulo 4, porém vivencio todos os dias situações que retratam a realidade da cidade em que resido.

O público prioritário de nossos projetos é feminino e na maioria das famílias a composição é negra, poucos adultos concluíram o ensino fundamental de caráter primário e a grande maioria das mulheres nunca estiveram inseridas no mercado de trabalho, quase todas em sua maioria já sofreram algum tipo de agressão do companheiro ou de terceiros, sendo está agressão física, moral ou social.


criolaong.blogspot.com.br
No módulo 4, os textos foram caracterizados pelo fortalecimento dos movimentos sociais relacionados à raça e gênero, auxiliando na ampliação nos espaços políticos e profissionalizantes. Ao lê-los verifico a grande necessidade de implantação de políticas públicas relacionadas ao tema, isto é uma necessidade básica a ser suprida para que nossa comunidade possa alcançar uma verdadeira ordem democrática.

Sabemos que já existem políticas específicas para mulheres, porém há uma deformidade na prática destas. Falo aqui como gestora, que vejo todos os dias mulheres e homens dotados de direitos, porém com estes sendo violados por falta de organização política e até mesmo de conhecimento dos que são os maiores interessados, “os usuários”.

É relevante que haja discussões que envolvam questões de gênero e raça como elemento para a condução de Aracruz e de outros municípios, com finalidade de enfrentar a desigualdade existente, é necessário que estas discussões se façam presentes em todos os ambientes onde as pessoas não sejam medidas pela pigmentação da pele ou pelo “sexo” que possuem, e simplesmente sejam tratados como verdadeiros seres humanos.

Parece meio utópico ou até mesmo romântico, porém não consigo aqui simplesmente falar como gestora, falo aqui, como: mãe, filha, esposa, profissional, mas entes de tudo falo aqui como mulher, que luta pela conquista de objetivos e que almeja e trabalha para que outras companheiras alcancem seus objetivos também, que deixem de ser simplesmente mais um dado estatístico e passem a ser protagonistas de suas histórias.

Fonte: Texto produzido pela aluna GPP-GeR/UFES - Margareth da Penha Spinassé Lechi – Polo Aracruz – ES.

2 comentários:

  1. Parabéns pelas suas palavras e gostaria de acrescentar o seguinte: Nunca perca o romantismo, pois sem ele o mundo não teria a beleza que enradia e enche nossos corações a cada amanheçer.

    Abraços,

    Claudia/Assistente Social

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  2. Claudia, mais uma vez obrigado pela sua contribuição.

    Anderson Pissinate Poltronieri
    Aluno GPP-GeR/UFES – Polo Aracruz - ES

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