Uma ucraniana de 18 anos morreu no último dia
29 quase três semanas depois de sofrer um estupro coletivo por três jovens, em
um ataque que se tornou um dos maiores crimes do país nos últimos anos.
Oksana Makar foi estuprada por três jovens,
estrangulada, queimada viva e abandonada à morte em um ataque na cidade de
Mykolayiv, no sul da Ucrânia, no dia 10 de março, segundo os promotores.
A vítima foi encontrada por uma pessoa que
passava pelo local e a viu abandonada depois do ataque, supostamente em um
canteiro de obras. Ela foi hospitalizada em estado crítico com 55% do corpo
queimado, o que obrigou os médicos a amputarem os pés, um braço e uma perna da
moça.
Oksana Makar morreu em decorrência dos
ferimentos em um hospital especializado na cidade de Donetsk, ao leste, para
onde foi levada após o resgate, informou a clínica à agência de notícias
Interfax-Ukraine.
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O coração dela parou de bater após uma
hemorragia que começou nos pulmões e ela morreu, apesar de três tentativas para
ressuscitá-la, disse o médico-chefe do centro de queimaduras de Donetsk, Emil
Fistal.
O crime causou uma comoção pública na
Ucrânia, expondo a incompetência das autoridades responsáveis e a extensão dos
problemas sociais em cidades industriais como Mykolayiv que são atingidas por
problemas com drogas e Aids.
Um dos agressores de Makar alugou o
apartamento onde ela foi estuprada. Aparentemente, eles a estrangularam e a
queimaram na tentativa de encobrir seus rastros.
O ataque desencadeou a indignação dos
moradores locais e do grupo feminista Femen, que protestou de topless em frente
à Promotoria Geral em Kiev.
"Morte aos sádicos!" e
"Oksana, Vive!" bradavam as feministas depois de terem escalado o
pórtico de entrada do prédio da Promotoria.
A revolta geral aumentou com um vídeo
apresentado como sendo o interrogatório de um dos torturadores de Oksana Makar
e difundido no Youtube.
Nele, é possível ver um jovem, com o rosto
coberto, descrevendo o crime, no qual teria estrangulado Oksana com as mãos e,
depois, com uma corda.
Ele dizia que a vítima tinha aceitado manter
relações sexuais com seus agressores, e que depois ameaçou "denunciá-los à
polícia" por estupro.
"Ela gritava (...) e eu a estuprei. Ela
não se acalmou e decidi estrangulá-la", contou.
Acreditando que a jovem estivesse morta, seus
agressores a jogaram em um canteiro. "Eu não queria queimar o corpo",
disse ele, que alegou ter colocado fogo apenas em um pedaço de pano e jogado
perto da vítima.
A imprensa ucraniana indicou que os suspeitos
são filhos de pais ricos com fortes relações com as autoridades do governo
local. Contudo, seus nomes ainda não foram oficialmente revelados.
Devido ao impacto do escândalo, os dois
suspeitos voltaram a ser presos alguns dias depois de terem sido soltos e
várias autoridades da polícia e da Promotoria local foram demitidas, segundo o
Ministério do Interior.
Os supostos autores do crime podem ser
condenados à prisão perpétua, pena mais severa da Ucrânia, disse a mesma fonte.
Fonte: Retirado do
site http://www.uol.com.br/ em 31 de março de 2012 às 19h36min.
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