Na Convenção do Belém do Pará (Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, adotado pela OEA em 1994), a violência contra a mulher foi definida como “qualquer ato ou conduta no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na privada”.
Ela se manifesta pelas relações de poder que o homem expressa sobre a mulher, hierarquizando essas relações e comprometendo o desenvolvimento físico e emocional das mulheres em questão.
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Essa violência é o resultado da resolução dos conflitos pelo uso da força, coação, coibição, que muitas vezes são desencadeados pelos ciúmes, pelo uso do álcool ou drogas ilegais. Isso se deve também as formas diferentes na criação entre meninos e meninas, em que ainda são valorizados aspectos de agressividade neles e delicadeza e submissão nelas.
De janeiro a março de 2011 quase 2000 mulheres registraram ocorrência no DEAM (Delegacia da Mulher) da grande Vitória. Enquanto em Aracruz houve aproximadamente 300 casos no mesmo período. Estes dados configuram o Espírito santo como o estado brasileiro que apresenta o dobro da média nacional em termos de violência, sendo Linhares o município do Espírito santo que contém o maior número de vítimas.
Em Aracruz e outras localidades vizinhas, pelos estudos, pesquisas, análises de gráficos e entrevistas locais, pode-se perceber que a violência contra a mulher tem se revelado mais nas últimas décadas. Não por que a violência contra as mesmas tem aumentado drasticamente, pois essa violência existe desde muito tempo e de forma muito exorbitante, mas sim por que as novas campanhas, informações e novas leis como a Maria da Penha, por exemplo, tem incentivado muitas mulheres a denúncia de seus agressores, embora ainda muitas sofram caladas.
Conforme expresso pela Delegada Cecília, da Delegacia da mulher de Aracruz “a violência contra a mulher branca e negra estão equiparadas, expressando uma realidade diferente do exposto pelo Mapa da Violência 2011, elaborado pelo Instituto Sangare, que revela que a violência as mulheres negras no Brasil são superiores as mulheres brancas.
Texto produzido pela aluna GPPGeR/UFES - Gleidiana Aparecida Dantas Vicente – Polo Aracruz, através dos dados fornecidos pela Delegacia da Mulher de Aracruz e pelo Mapa da Violência 2011.
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