sexta-feira, 30 de março de 2012

Mulheres: SPM identifica problemas no combate à violência

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra as mulheres e tem a senadora Ana Rita (PT-ES) como relatora, abriu, na tarde desta terça-feira, 20 de março, a etapa de depoimento a autoridades, em Brasília. Na sessão, a secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, Aparecida Gonçalves, apresentou dados que revelam a fragilidade do Estado brasileiro no combate à violência contra as mulheres.


Ao comentar sobre a importância da Lei Maria da Penha, ela defendeu o fortalecimento das medidas protetivas e disse que um dos grandes desafios e não deixar as mulheres conviverem com o sentimento de impunidade.

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“Se não resolvermos o problema da impunidade, se não assumirmos isto, vamos pagar o preço do descrédito da Lei Maria da Penha”, afirmou. Aparecida disse, ainda, que para isso, os agressores precisam ser punidos e que a lei é para ser cumprida.

A secretária nacional apresentou a realidade dos serviços da rede especializada de atendimento às mulheres vítimas de violência. De acordo com ela, embora o País tenha 5.564 municípios, existem apenas 963 unidades de atendimento especializado para mulheres, como delegacias, centros de referências e abrigos.

Do total de unidades, 374 são delegacias (apenas em 7% das cidades). “Precisamos analisar por que não há investimento em serviços especializados por parte do Poder Público. Temos de ampliar e fortalecer a rede de atendimento”, disse.

Ela revelou, ainda, as dificuldades de obtenção de dados oficiais sobre a violência contra as mulheres. “Na maior parte das vezes não conseguimos ter informações corretas dos agentes de segurança”. Outro desafio, avaliou, é integrar a segurança pública e criar um cadastro nacional de dados.

Na opinião da secretária é necessário mais envolvimento dos órgãos de segurança pública na atenção aos casos de violência contra as mulheres, em especial nos boletins de ocorrência e inquéritos; e do Poder Judiciário na concessão de medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha.

Em sua fala, a secretária apontou, ainda, problemas para o avanço da implementação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, tais como estrutura deficitária dos organismos de políticas para as mulheres em estados e municípios e a inadimplência dos governos estaduais para captação dos recursos do Pacto.

Para acessar a matéria na integra, clique AQUI.

Fonte: Retirado do site http://www.anarita.com.br  em 28 de março de 2012 às 21h36min.

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