segunda-feira, 30 de abril de 2012

O poder da liderança feminina

Mulheres... Enigmáticas, inteligentes, caprichosas, belas e produtivas. São capazes de administrar várias atribuições ao mesmo tempo. Cuidam das roupas e do desempenho escolar dos filhos, suportam a pressão no trabalho, são atenciosas e sedutoras com seus companheiros, sem deixar de lado a importante reunião de negócios no dia seguinte. Tudo isso sem deixar de ser eficientes e eficazes.

Sexo frágil? Talvez esse rótulo já esteja um pouco fora de moda. Pesquisas recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstram que atualmente as mulheres brasileiras passam mais tempo estudando do que os homens, e que as empresas alocadas no Brasil admitem cada vez mais mulheres para cargos de liderança.

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Dilma Rousseff, Luiza Trajano, Marina Silva, Tânia Nahuys e Chieko Aoki são apenas alguns exemplos de lideranças femininas proeminentes no cenário nacional. Prova de que a sociedade brasileira está cada vez mais suscetível e aberta para aceitar as mulheres no poder.

Abaixo menciono algumas características comportamentais importantes que marcam a essência da liderança feminina:

1 - Intuição - Sem dúvida alguma as mulheres são muito mais intuitivas do que os homens. Conseguem enxergar as "entrelinhas" dos problemas organizacionais, mesmo que estes não sejam explícitos.

2 - Sensibilidade - Geralmente as mulheres são mais suscetíveis aos problemas alheios, e consequentemente, têm maior sensibilidade no cotidiano de trabalho com seus liderados e stakeholders.

3 - Visão Sistêmica - Têm a capacidade de enxergar e agir sistemicamente, alinhando e implementado estratégias benéficas para a organização como um todo, e não somente para sua equipe e/ou departamento.

4 - Detalhista - Observa os detalhes que marcam o rendimento de suas respectivas equipes, sem perder a noção do todo.

5 - Paciência - O próprio extinto maternal das mulheres auxilia sobremodo as relações interpessoais com seu grupo de liderados, pois geralmente estas são mais pacientes em ensinar, desenvolver e cativar clientes e subordinados.

6 - Eficiência - Com grande capacidade de observar detalhes sem perder a praticidade, as mulheres possuem relevante facilidade em desenvolver e conduzir suas equipes a resultados importantes para as organizações.

Embora todos estes atributos façam das líderes mulheres profissionais cada vez mais preteridas e importantes no contexto nacional, pode-se dizer que nem tudo são flores. De acordo com o IBGE a remuneração dos homens no mercado de trabalho ainda é 30% superior em comparação com a arrecadação das mulheres. Preconceito? Machismo? Ou resquícios de uma época passada? Não importa, pois se analisarmos as barreiras e as dificuldades que as mulheres ultrapassaram nos últimos 30 anos no Brasil, facilmente podemos prever que muito em breve a remuneração no mercado de trabalho estará atrelada às habilidades e às competências individuais, e não mais se a pessoa é do gênero masculino ou feminino.

Sendo a liderança um fenômeno comportamental baseado na capacidade de influenciar grupos e pessoas, aproveito para citar uma frase do célebre Carlos Drummond de Andrade:

"Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer".

Persuasão - Acredito que este seja o grande segredo da liderança feminina evidenciada pelo magnífico poeta. Para vocês mulheres, indico que explorem ao máximo a capacidade de persuadir de maneira positiva, pois este adjetivo pode ser um diferencial no mercado de trabalho. Para nós homens o que resta é aplaudir, afinal elas já ficaram "escondidas" por muito tempo, e sem dúvida alguma têm muito a nos ensinar.

Fonte: Retirado do site http://www.rh.com.br/  em 24 de abril de 2012 às 17h36min.

domingo, 29 de abril de 2012

Que nota você dá para si mesma?

Busque se conhecer mais e prepare-se melhor para os desafios diários

É fato que a mulher moderna usufrui de muitas conquistas e que também temos muito mais a alcançar. Muitos direitos ainda precisam ser garantidos, muitas injustiças e muitos preconceitos a serem vencidos também.

Por outro lado, muito do que ganhamos com a vida moderna veio como um acréscimo ao que já tínhamos de cumprir, sem remodelações nos antigos papeis: a mulher moderna vive jornadas triplas fazendo um verdadeiro malabarismo para manter tudo funcionando! Não houve um compartilhar ou um redesenho, só mais e mais acréscimo de funções e exigências, que as desavisadas seguem abraçando sem refletir: "o que quero para mim?".

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Será que preciso mesmo ter urgentemente em meu armário aquela calça que é a última tendência da moda? Ter a pele esticada custe o que custar? Preencher o currículo com 5 MBAs e falar fluentemente 7 idiomas? Ser a maravilhosa amante que dança com os sete véus todas as noites? Ter o corpo da modelo "photoshopada" de capa de revista? Tenho de ser a supermãe, super-esposa, superprofissional, super-amiga, super-super em tudo? Será que é por aí que está o meu caminho? Será que preciso de tudo isso para ser mulher?

Os desafios estão por toda parte e consistem em:
          Sermos sensíveis para nos percebermos, sentirmos o que realmente nos corresponde nesses tantos pacotes que insistem em nos vender como garantia de felicidade.

          Despertarmos o nosso potencial criativo para trazer mais prazer à vida, para viver como realmente vale a pena: com brilho nos olhos!

          Sermos autênticas, seguirmos o que nos aponta o nosso faro, o nosso instinto, a nossa intuição.

          Abrirmos tempo para arar a terra da alma: silêncio, música, leituras, boas conversas, carinho, momentos de leveza para recarregar energias.

          Escaparmos das armadilhas que tentam nos formatar a modelos engessados de beleza, de competência, de felicidade, de prazer, de realização.

          Questionarmos aquilo que garantem que é "natural", que é "assim mesmo que tem que ser", retomar quais são os nossos valores e princípios para que eles guiem as nossas decisões.

          Sermos produtivas, sim, mas naquilo que acreditamos valer a pena.

          Sermos firmes em defender o que nos é caro e precioso: incluindo aí nossa saúde, nosso autocuidado, nossas relações amadas, nossos anseios.

E, por fim, o principal desafio: estarmos atentas e presentes. Cuide-se, aproveite cada oportunidade que surja para se conhecer melhor (terapias, atividades em grupo, vivências, leituras, conversas, conviver), reserve mais tempo para se escutar até ir reconhecendo a própria voz interna, exercite a presença através de exercícios como meditação, por exemplo. Encontre tempo para refletir, para agir e não só seguir reagindo ao que o mundo apresenta.

Esteja mais tempo consigo e se fortaleça. Isso é o que vai nos permitir o centramento necessário para viver cada momento com expressando o melhor de nós, aproveitando o melhor da vida. Como todas nós merecemos!

Fonte: Retirado do site http://www.personare.com.br/  em 02 de abril de 2012 às 10h02min.

sábado, 28 de abril de 2012

Grupo questiona prefeitura de SP sobre abertura de Centro de Referência para Mulher

O movimento de mulheres “Abra os olhos companheiras” está questionando a prefeitura sobre a abertura, em Guaianases, de um novo Centro de Referência para a Mulher, que trata de casos de violência doméstica.

Segundo elas, a prefeitura anunciou a implantação de um novo centro a poucos metros de onde já existe um há oito anos. Além disso, elas questionam o uso do dinheiro público, a falta de transparência da licitação e o porquê de não construir o centro em uma região da cidade que seja carente nesse tipo de atendimento.

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— O edital já saiu pronto, não houve licitação. A Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) tem uma parceria com ONGs e elas, nesses casos, têm que apresentar propostas para ‘tocar’ o projeto. O fato de nenhuma Organização ter apresentado proposta revela o quanto as decisões do executivo municipal são tomadas de forma alheia à sociedade civil e significa que o serviço não tem previsão para ser executado, conta Fabiana Pitanga, membro do movimento.

Segundo o movimento, o fato mais greve, porém, é o de uma casa ter sido locada sem ter a execução de um serviço público e já ter dotação orçamentária para reforma com um valor de R$ 124 mil, realidade que não ocorre em nenhum serviço da mesma natureza executado e já conveniado com a prefeitura. No Diário Oficial é possível observar também que a prefeitura já está pagando ao locador um aluguel de mais de R$ 2.000, valor que o movimento considera alto.

— Queremos saber porque esse dinheiro todo já está investido e porque não fazem um centro, por exemplo, no Itaim Paulista, região que é sabido a carência que tem nesse tipo de serviço assim como alto número de casos de violência doméstica, frisa Fabiana.

No dia 04, foi realizada uma reunião na SMADS com uma representante do movimento, um da vereadora Juliana Cardoso (PT), um do vereador Carlos Neder (PT) e a assessora da vice-prefeita Alda Marco Antonio, Ângela Demarchi.

De acordo com Fabiana, nada foi esclarecido ao movimento. Ângela teria dito apenas que Guianases tem demanda para o serviço. Ela ainda teria dito que “o serviço será implantado quer vocês concordem ou não”, tendo se retirado da reunião logo depois.

A reportagem do SPressoSP entrou em contato com a assessoria de imprensa da SMADS, que disse desconhecer qualquer fato relacionado a criação de um Centro de Referência para as Mulheres em Guaianases, apesar do fatos já constarem no Diário Oficial.

Fonte: Retirado do site http://correiodobrasil.com.br/  em 08 de abril de 2012 às 16h00min.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cuide do outro, sem esquecer de você

Cinco atitudes que pode tomar hoje mesmo para cuidar melhor de você



Em nossa sociedade, as mulheres são educadas para serem cuidadoras. Preste atenção e você verá todas as mensagens que nos são passadas nesse sentido, desde a infância e os seus brinquedos para meninas: bebezinhos para embalar, panelas para cozinhar para a família de bonecas e por aí vai. As mulheres são reconhecidas por sua sensibilidade e capacidade acolhedora, sendo sempre incentivadas a desenvolverem papeis dentro dessa perspectiva.



Você já notou que o público feminino costuma representar a maioria nas profissões de cuidado e zelo? São inúmeras as enfermeiras, babás, psicólogas, professoras, empregadas domésticas, terapeutas ocupacionais, manicures, nutricionistas... Todas responsáveis de alguma maneira em zelar pelo bem-estar, em gerar circunstâncias em que o outro é o centro dos seus cuidados.

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Se nos aproximarmos mais dessas mesmas mulheres, provavelmente em muitas delas notaremos outra particularidade: uma usual dificuldade em cuidar de si mesma. São exímias mestras em dividir o tempo com todos os afazeres que envolvem o seu compromisso com o outro, mas também mestras em encontrar as mais variadas desculpas para deixar de lado um compromisso consigo mesmas.



Essas cenas lhe parecem familiares? A mulher que aguenta firme uma dor por semanas, mas ao menor sinal de indisposição do filho o leva rapidamente ao médico. Aquela que desmarca uma sessão de massagem, que levou meses para ter coragem de se dar de presente, por pura sensação de culpa. A outra que dá milhões de conselhos para todas as amigas, mas deixa o seu caos pessoal para resolver depois.



E aí, vai seguir nesse roteiro que limita todo o seu potencial?



Hora de cuidar de você

É agora a hora de tomar sua vida nas mãos, assumir a responsabilidade de ser feliz e utilizar o talento do cuidado ao seu favor. Não se trata de egoísmo, mas de autoamor e autoestima. E não limite autoestima só a cuidar da aparência - ato que muitas vezes é mais uma faceta de querer agradar ao outro. Claro, cuidar da sua imagem faz parte do capacidade de autocuidado, mas não sempre vai mais além.



Aí vai uma breve lista de algumas maneiras para você começar se cuidar melhor:



  • Levar em consideração os seus sentimentos, seu mundo interno e investir em seu desenvolvimento pessoal, através de terapias, cursos, tratamentos, garantir espaços de expressão para você.
  • Ter mais momentos de lazer, com atividades que lhe façam realmente bem, que recarreguem as suas energias.
  • Investir em saúde: marcar consultas regularmente (o que inclui fazer os exames prescritos e retornar ao médico, combinado?), cuidar do cotidiano com uma boa alimentação e exercícios que deixem seu corpo em equilíbrio.
  • Cerque-se do positivo: tenha pensamentos positivos, busque a companhia de pessoas que se sintonizem nessa frequência, volte-se para o ângulo construtivo da vida e veja sua energia crescer!
  • Reservar momentos de silêncio: toda mulher que escuta o próprio corpo, sabe como são bem-vindos alguns de instantes de recolhimento e meditação!



Por qual item dessa lista você vai começar hoje mesmo? Cuide-se muito bem, mulher! Você merece!


Fonte: Retirado do site http://www.personare.com.br/ em 02 de abril de 2012 às 10h18min.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

16 maneiras de assumir a luta pelo fim da violência contra as mulheres

Se você acredita que viver sem violência é um direito de todas as pessoas e que a melhor maneira de mudar uma situação é fazendo alguma coisa: FAÇA PARTE, FAÇA A SUA PARTE!


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16 atitudes que você pode tomar para acabar com a violência contra as mulheres:

No dia-a-dia
1. Denunciando os casos de violência contra as mulheres que tenha conhecimento.

2. Testemunhando em processos judiciais sobre a violência que presenciou.

3. Dando apoio, proteção, carinho e compreensão para a mulher vitimada.

4. Respeitando as escolhas das mulheres vitimadas, não julgando seus atos.

5. Participando de eventos, seminários e manifestações sobre o tema.

6. Não perpetuando estereótipos e preconceitos sobre a violência contra as mulheres.

7. Incluindo na sua assinatura eletrônica o slogan da Campanha: Uma vida sem violência é um direito das mulheres!


Na sua empresa
8. Promovendo debates e reflexões sobre o tema;

9. Desenvolvendo uma política não discriminatória às mulheres.

10. Desenvolvendo uma política de apoio para as funcionárias vitimizadas.

11. Organizando grupos de discussão para debater o conceito de gênero e os tipos de violência recorrentes no trabalho (assédio moral, sexual).

12. Apurando e encaminhando para as autoridades competentes casos de assedio sexual e moral contra as mulheres.


Na sua cidade
13. Fortalecendo grupos e organizações que trabalham com o tema.

14. Divulgando a Campanha no seu bairro, grupo de amigos, trabalho.

15. Apoiando iniciativas de criação de serviços e políticas públicas de atendimento às mulheres vitimizadas.

16. Fiscalizando o funcionamento dos serviços locais de atendimento às mulheres vitimizadas.


Lembre-se sempre: não existe mulher que gosta de apanhar, o que existe é mulher humilhada demais para denunciar, machucada demais para reagir, pobre demais para ir embora.

Fonte: Retirado do site http://bulevoador.com.br/  em 01 de abril de 2012 às 08h23min.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Grafiteira carioca é reconhecida por projeto que valoriza o papel da mulher


Uma brasileira virou exemplo de mulher corajosa e disposta a mudar o mundo. Panmela Castro e a presidente Dilma são as únicas brasileiras eleitas pela revista americana Newsweek nessa categoria.



Panmela Castro é grafiteira, da Penha, no Rio de Janeiro. “Eu sou suburbana, carioca, frequento o Piscinão de Ramos, adoro grafitar lá. Fui criada no meio do funk, da praia, dessas coisas todas”.

O trabalho desta vez é em Washington, nos Estados Unidos. Panmela gosta de usar cores fortes para pintar rostos de mulheres e denunciar questões importantes, como a discriminação e a violência contra a mulher.

http://srtabia.com/

Ela começou a grafitar nos muros do subúrbio carioca. Seu trabalho fala de sexualidade, igualdade e de como combater a violência doméstica.


No Rio de Janeiro, ela trabalha com um projeto social que usa o grafite para valorizar o papel da mulher. Uma organização não governamental americana feminista a descobriu e a convidou para pintar muros em vários países.


“Panmela é uma artista extraordinária e não usa o grafite apenas como arte, mas para transformar a cultura na sociedade," diz a presidente da Vitals Voice, Alyce Nelson.


Foi por meio da ONG que a estilista Diane Von Funrstenberg conheceu o trabalho de Panmela. Diane é uma referência da moda mundial. Criou um símbolo da feminilidade, o vestido envelope.


A estilista promove um prêmio para quem se destaca na proteção dos direitos das mulheres. Este ano, a atriz Jessica Alba entregou o troféu a Panmela, em Nova York.


A revista americana Newsweek criou uma lista de 150 mulheres com coragem e vontade para mudar o mundo. Entre elas, duas brasileiras, a presidente Dilma Roussef e Panmela.


“É minha obrigação como cidadã, acho que todo mundo tem que contribuir de alguma forma para nosso país, para nossa cidade e a minha maneira de contribuir foi falar de uma questão próxima da minha, no caso, é a questão dos direitos das mulheres”, diz.


Com mensagens que surgem das latinhas de spray, Panmela se prepara para seguir grafitando pelo mundo. Ela passou esta semana em Nova York e grafitou muros com rostos de mulheres e pinturas de libélulas que simbolizam liberdade.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/jornal-hoje/  em 01 de abril de 2012 às 08h29min.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Violência Doméstica


Lobão, Cazé, Thaíde, Débora Vilalba e Sophia Reis falam de pessoas que sofrem violência dentro de casa. O programa foca também a Delegacia da Mulher, na Lei Maria da Penha e nos albergues que servem de refúgio para as mulheres que sofreram algum tipo de violência. A Liga faz um teste de indiferença colocando um casal de atores brigando na rua para comprovar as reações das pessoas.



A Liga - Violência Doméstica (1/7)



A Liga - Violência Doméstica (2/7)



A Liga - Violência Doméstica (3/7)



A Liga - Violência Doméstica (4/7)



A Liga - Violência Doméstica (5/7)



A Liga - Violência Doméstica (6/7)



A Liga - Violência Doméstica (7/7)



Fonte: Retirado do site http://fontevideos.blogspot.com.br/ e vídeos do www.youtube.com.br  em 24 de março de 2012 às 16h00min.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Injustiças Várias: Do Machismo à Ateofobia


Recentemente, o programa “Manhã Maior” da RedeTV! trouxe em sua programação uma história extremamente triste e, sem dúvida alguma, extremamente revoltante. É, em parte, uma história que tornou-se comum nos noticiários brasileiros, tamanho é o machismo arraigado em nossa sociedade: após o rompimento de um relacionamento hetero, o “namorado” não aceita a decisão de sua companheira e pratica atos violentos em consequência disso. Por outro lado, é também um caso que se destaca dos outros pela extrema barbaridade, que envolveu sessões de tortura por duas semanas.



Para evitar aqui o sensacionalismo típico de quem dá essas notícias, é de bom tom adiantar que os planos do rapaz – que afirmava pretender matá-la no dia em que ela completaria 18 anos – falharam e a jovem já está sob cuidados médicos e segura com sua família. O rapaz teve sua prisão decretada e está – esperamos, por enquanto – foragido.     



A reportagem compreende uma entrevista da vítima que dá uma descrição algo detalhada das brutalidades cometidas. Queimaduras, estrangulamento, puxões que chegavam a arrancar os cabelos, mordidas, socos, joelhadas e não menos terríveis que o resto, a ameaça de morte com data marcada para o próximo aniversário da vítima. A brutalidade da tortura fez a vítima emagrecer 10 quilos, bem como tornou necessárias cirurgias para a reconstrução de alguns ossos da face.



É então que, em meio a esse festival de horrores, desse espetáculo do machismo extremo aplicado, a vítima profere a acusação que motiva essa nota. Ela comentava o fato de que ele deixava, para ela ver enquanto ele estava ausente, cartazes com mensagens “positivas” afim de que ela não cometesse suicídio – atitude que, segundo ela, era desnecessária já que ela jamais tiraria a própria vida. A isso segue a acusação: “Ele era uma pessoa… ele era um ateu, né?. Porque quem crê em Deus não faz isso com um irmão, né?”

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A sensação que eu – e acredito poder falar pela gigantesca maioria dos ateus – senti ao ouvir isso foi a de uma extrema injustiça. Ser ateu jamais me tornou mais propenso a cometer violências quaisquer, quanto mais contra namoradas que me deram um “pé-na-bunda”. Aliás, não se pode associar o ateísmo com esse tipo de violência jamais, sendo possível até mesmo o raciocínio inverso – embora, claro, também não seja determinístico – como será dito em seguida. Antes de tudo, porém, é preciso dizer: entende-se que a vítima se encontrava numa situação de extremo mal-estar após um tremendo trauma e não se pretende aqui convertê-la em uma agressora. O foco será a acusação, a associação entre violência (nesse caso especificamente à mulher) e ateísmo, coisa que já foi feita por um “jornalista” conhecido.



Analisando a acusação de uma maneira lógica, podemos afirmar que a conclusão de ele ser um ateu se baseia no fato de que alguém que crê em Deus jamais faria algo tão bárbaro. E, sem sombra de dúvida, essa premissa é absolutamente falsa e isso nos ensina a história. Religiosos fervorosos, em nome da religião, realizaram barbaridades de deixar o mundo todo assombrado: sacrifícios humanos para os mais diversos deuses, guerras “santas”, justificação das maiores injustiças sociais.



Para seguir essa exposição de modo mais coerente, supor-se-á que a vítima se referia ao “Deus” do cristianismo – o que é extremamente provável. E, então, ficam mais fáceis e até mais próximas de nós (no tempo, no espaço e na estrutura social-cultural) as barbaridades cometidas pelos fiéis de tal Deus e no nome dele. A Inquisição, bem sabemos, promoveu torturas desumanas, especialmente de mulheres, em número assombroso. As Cruzadas, guerras cuja justificação moral era religiosa e, ao menos pelo lado europeu, cristã, provocou grandes massacres e desumanidades as mais diversas nas regiões que assolou.



Feita essa lista que não é difícil de traçar, cabe uma descrição do raciocínio lógico que tornaria tal ação, a reação agressiva contra uma mulher que rompe um relacionamento, algo coerente para o agressor. Indubitavelmente isso é feito recorrendo-se a valores machistas: quem “manda” na relação é o homem, diria o machismo estúpido. E, portanto, a mulher não tem o direito de romper o relacionamento quando bem entender. Se ela o faz, isso configura uma transgressão que daria o direito ao “macho” de puni-la severamente por não reconhecer sua autoridade.



À parte dessa descrição do raciocínio, não faltam indícios de que se tratava de uma relação calcada pelo machismo: entrevistada pela apresentadora do programa, a mãe da vítima conta que, quando sua filha perdeu a virgindade, a notícia lhe foi dada pelo rapaz. A própria mãe expressa sua estranheza por esse comportamento, como se a virgindade de sua namorada fosse assunto dele e não mais dela própria. Outro episódio é citado, no qual a jovem iria viajar com a sua mãe para a praia, mas não obteve a permissão do namorado. O caso se resolveu com a mãe da jovem se vendo obrigada a levar o rapaz para a praia também – algo que foi descrito pela mãe como “a pior viagem da vida da gente”. O rapaz não permitia que a jovem usasse biquíni na praia, obrigando-a a ficar o tempo todo “coberta”. Um mero olhar da jovem para o lado era motivo de repreensão por parte de seu namorado, como disse a mãe da jovem acusando-o de ciúme doentio. Mais tarde, a jovem explica que o próprio motivo do término da relação foi esse ciúme excessivo e que, mesmo depois de terminada a relação, ele ainda a vigiava de maneira ciumenta. Tal comportamento a motivou a encontrar-se com ele para tentar acertar as coisas; foi então que se iniciou o cárcere privado e as sessões de tortura.



Dito isso, não há dúvida de que a agressão, motivada pelo ciúme do rapaz, tem um substrato moral baseado no machismo. E, apesar de tal estupidez ter espalhado seus ramos para todos os cantos de nossa sociedade, sabe-se que o cristianismo até hoje concentra uma carga machista de alto grau. Em várias denominações religiosas cristãs o sacerdócio é exclusividade dos homens; em quase todas há a exaltação moral da mulher submissa ao seu marido; há a promoção da posição feminina enquanto dona-de-casa, como aquela que cuida dos filhos, exaltando sua única função como reprodutora; e, por fim, a ideia de que o pecado surge com a mulher, desde o mito de Adão e Eva. Portanto, a acusação de ateísmo ao agressor se revela ainda mais vazia de sentido: os valores que poderiam motivar sua ação deplorável encontram-se frequentemente no seio da religião cristã que domina nosso país.



Provada, então, a falsidade da acusação, é digno repetir que os ateus e todos aqueles que não estão de acordo com a religiosidade dominante não podem permitir que as faltas morais mais diversas sejam atribuídas às suas convicções. É certo de que os ateus em geral se solidarizam com a vítima e certamente sentem uma revolta gigantesca com tal injustiça. Nós, ateus humanistas seculares, nos empenhamos na luta contra o machismo e contra a violência que dele brota. Sentimo-nos – com a maior razão do mundo – ofendidos pela associação que se faz entre nós e as coisas que procuramos justamente combater.



Enfim, apesar de estarmos diante de um terrível episódio de violação dos mais básicos direitos humanos por uma atitude machista, nos serve de conforto saber que um mundo mais justo é possível que nós podemos construí-lo. Olhamos para trás e vemos um passado de muitas barbaridades que, felizmente, acontecem hoje com menor frequência e intensidade. Feito isso, olhamos para frente e vemos – aliás, planejamos – um futuro em que não haja mais opressão à mulher e tampouco preconceito contra aqueles que não creem em Deus. Esperamos, com grande confiança, que tais conquistas futuras andem de mãos dadas com a luta pelo fim do racismo, da homofobia, e de tantas outras besteiras que transformam a fabulosa vida humana numa existência miserável.


Fonte: Retirado do site http://bulevoador.com.br  em 01 de abril de 2012 às 16h32min.

domingo, 22 de abril de 2012

Falta de recursos contra violência é criticada durante audiência pública realizada pela CPMI que investiga violência contra as mulheres

Representantes da OAB e de entidades de mulheres apontaram a falta de investimento por parte dos estados e a lentidão da Justiça como agravantes do problema no país.

Durante audiência pública realizada ontem (27) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra as mulheres, estiveram presentes representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da Marcha Mundial das Mulheres (MMM).

Para Sonia Coelho Orellana, representante da MMM, os governos estaduais ainda destinam poucos recursos para o combate à violência contra a mulher. “É impossível enfrentar a violência contra a mulher se os governos não têm orçamento para isso. Precisamos de fundos públicos que tenham verbas direcionadas para o problema”, disse.

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Ela também destacou a insuficiência numérica e a concentração nas capitais dos equipamentos públicos para enfrentar a violência e acolher as vítimas, como centros de referências, casas-abrigos, delegacias, juizados especializados, defensorias e promotorias especializadas.

A representante da OAB, Meire Lúcia Monteiro, apresentou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, do IBGE, segundo a qual 25,9% das mulheres agredidas no país foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges. Ela também afirmou que, apesar dos avanços na legislação, há falhas na execução das leis. Monteiro ressaltou ainda que a lentidão da Justiça atrapalha o combate à violência.

Monteiro defendeu a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 37/10, de Lúcia Vânia (PSDB-GO), que determina, nos casos de violência doméstica, um prazo máximo de 48 horas para a conclusão dos inquéritos policiais.

A representante da UBM, Ana Carolina Barbosa, informou que pesquisa da entidade com a Secretaria de Políticas para as Mulheres revelou que: 76% das mulheres não conhecem as varas adaptadas da Lei Maria da Penha; 71% desconhecem serviços de abrigamento; 67% não conhecem uma defensoria pública; e 32% não sabem onde ficam as delegacias especializadas.

Fonte: Retirado do site http://www.observatoriodegenero.gov.br/  em 31 de março de 2012 às 07h55min.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ucraniana morre após estupro coletivo e momentos de horror


Uma ucraniana de 18 anos morreu no último dia 29 quase três semanas depois de sofrer um estupro coletivo por três jovens, em um ataque que se tornou um dos maiores crimes do país nos últimos anos.

Oksana Makar foi estuprada por três jovens, estrangulada, queimada viva e abandonada à morte em um ataque na cidade de Mykolayiv, no sul da Ucrânia, no dia 10 de março, segundo os promotores.

A vítima foi encontrada por uma pessoa que passava pelo local e a viu abandonada depois do ataque, supostamente em um canteiro de obras. Ela foi hospitalizada em estado crítico com 55% do corpo queimado, o que obrigou os médicos a amputarem os pés, um braço e uma perna da moça.

Oksana Makar morreu em decorrência dos ferimentos em um hospital especializado na cidade de Donetsk, ao leste, para onde foi levada após o resgate, informou a clínica à agência de notícias Interfax-Ukraine.

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O coração dela parou de bater após uma hemorragia que começou nos pulmões e ela morreu, apesar de três tentativas para ressuscitá-la, disse o médico-chefe do centro de queimaduras de Donetsk, Emil Fistal.

O crime causou uma comoção pública na Ucrânia, expondo a incompetência das autoridades responsáveis e a extensão dos problemas sociais em cidades industriais como Mykolayiv que são atingidas por problemas com drogas e Aids.

Um dos agressores de Makar alugou o apartamento onde ela foi estuprada. Aparentemente, eles a estrangularam e a queimaram na tentativa de encobrir seus rastros.

O ataque desencadeou a indignação dos moradores locais e do grupo feminista Femen, que protestou de topless em frente à Promotoria Geral em Kiev.

"Morte aos sádicos!" e "Oksana, Vive!" bradavam as feministas depois de terem escalado o pórtico de entrada do prédio da Promotoria.

A revolta geral aumentou com um vídeo apresentado como sendo o interrogatório de um dos torturadores de Oksana Makar e difundido no Youtube.

Nele, é possível ver um jovem, com o rosto coberto, descrevendo o crime, no qual teria estrangulado Oksana com as mãos e, depois, com uma corda.

Ele dizia que a vítima tinha aceitado manter relações sexuais com seus agressores, e que depois ameaçou "denunciá-los à polícia" por estupro.

"Ela gritava (...) e eu a estuprei. Ela não se acalmou e decidi estrangulá-la", contou.

Acreditando que a jovem estivesse morta, seus agressores a jogaram em um canteiro. "Eu não queria queimar o corpo", disse ele, que alegou ter colocado fogo apenas em um pedaço de pano e jogado perto da vítima.

A imprensa ucraniana indicou que os suspeitos são filhos de pais ricos com fortes relações com as autoridades do governo local. Contudo, seus nomes ainda não foram oficialmente revelados.

Devido ao impacto do escândalo, os dois suspeitos voltaram a ser presos alguns dias depois de terem sido soltos e várias autoridades da polícia e da Promotoria local foram demitidas, segundo o Ministério do Interior.

Os supostos autores do crime podem ser condenados à prisão perpétua, pena mais severa da Ucrânia, disse a mesma fonte.

Fonte: Retirado do site http://www.uol.com.br/  em 31 de março de 2012 às 19h36min.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Conheça o ‘Fundo Social Elas’, entidade que fornece apoio financeiro e técnico para a promoção da autonomia de mulheres em todo o país

Ao longo da última década, a entidade fez parceria com mais de 200 grupos em todas as regiões do país e doou mais de R$ 2 milhões.

O Fundo de Investimento Social ELAS é o único fundo brasileiro de investimento social voltado exclusivamente para a promoção do protagonismo de meninas, jovens e mulheres. Com quase dez anos de experiência no investimento social em mulheres, o ELAS (anteriormente chamado de Fundo Ângela Borba) cresceu e ampliou seus programas e áreas de atuação ao longo dos últimos anos.

O ‘Fundo Social Elas’ apoia nacionalmente grupos de mulheres que atuam nas seguintes áreas temáticas: promoção da independência econômica; ampliação do acesso à educação; prevenção da violência contra mulheres, jovens e meninas; defesa de direitos humanos; ações relacionadas à saúde de meninas, jovens e mulheres; inclusão às tecnologias de informação e de comunicação; valorização da arte e da cultura; preservação do meio ambiente e da biodiversidade; respeito à diversidade étnica, racial, sexual, geracional e outras; e incentivo às atividades esportivas.

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O Fundo doa recursos aos grupos através de concursos de projetos. Em primeiro lugar, o edital é divulgado pela internet. Em seguida, os projetos passam por uma pré-seleção e aqueles que estiverem dentro dos critérios exigidos são distribuídos para análise da Comissão de Seleção do Fundo, composto por conselheiras do Conselho Deliberativo e por especialistas convidadas. Por fim, a Comissão se reúne a fim de selecionar os projetos que serão apoiados, levando em consideração os critérios do edital e a possibilidade de recursos.

Os recursos do Fundo são provenientes de doações de pessoas físicas e jurídicas. O Fundo também arrecada recursos prestando serviços de consultoria em gênero para empresas e instituições públicas e privadas, principalmente na área de responsabilidade social.

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Fonte: Retirado do site www.observatoriodegenero.gov.br  em 31 de março de 2012 às 15h45min.