quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vítimas de violência protestaram com 500 cruzes em praia de Vitória, no ES

Movimento marcou o Dia Internacional pela Não Violência Contra a Mulher. Em um ano 105 mulheres foram assassinadas no Espírito Santo.


Elas sofrem com humilhações e agressões dentro de casas e outras já perderam a vida devido o envolvimento com o tráfico de drogas ou ciúmes dos companheiros. Mulheres que sobreviveram as brutalidades ajudaram a colocar, na manhã de sexta-feira (25), cerca de 500 cruzes na Praia de Camburi, em Vitória. O movimento marcou o Dia Internacional pela Não Violência Contra a Mulher, que chama atenção para a situação de violência. As 500 cruzes que ficaram expostas na areia também somaram o número de jovens assassinados no período de um ano.

http://g1.globo.com/
Há um ano, a auxiliar de escritório de 26 anos, teve parte dos cabelos arrancados pelo ex-namorado durante uma briga. "Faço atendimento com terapeuta até hoje. Meu filho de 3 anos, que assistiu a cena conta tudo com detalhes. O cabelo, ainda está crescendo", conta a mulher, que teve que cortar na altura dos ombros o que restou do cabelos longos.

No Espírito Santo, 105 mulheres foram assassinadas somente no período de setembro de 2010 a setembro de 2011. O Estado é o segundo com o maior número de mortes com vítimas do sexo feminino, segundo informou Rakel Rissi, representante da Secretaria da Mulher da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que ajudou na organização do evento.

"A violência atinge qualquer classe, da periferia à classe média alta. Muitas mulheres têm vergonha de procurar a delegacia e ficam reféns dentro de casa. Falta segurança também para evitar morte de mulheres", afirma Rakel Rissi.

"As mulheres temem em ficar sozinhas. Aconselho a procurar na primeira agressão, pois isso pode terminar em morte. É preciso que qualquer pessoa denuncie para que o agressor ou o assassino não tenham a sensação de que tem poder'', completou a auxiliar de escritório agredida pelo ex-namorado.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/  em 27 de novembro de 2011 às 13h15min.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Racismo em restaurante do Rio de Janeiro

A dentista Maria Fernanda Quintanilha da Fonseca, 48, foi autuada no dia 22 de outubro na 12ª delegacia de Copacabana, por injúria racial contra uma das delegadas do III Encontro Estadual de Políticas para Mulheres, patrocinado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que reúne neste final de semana no Rio, cerca de 800 mulheres fluminenses de mais de 50 municípios.

A vítima Marcelle Esteves estava sentada no Restaurante "Fagulhas" aguardando o grupo de amigas que reservara o local para almoçar, quando Maria Fernanda ordenou que se levantasse, pois aquele seria o seu lugar reservado. Ao receber o apoio do gerente, exaltada, Maria Fernanda teria chamado a vítima de "negra macaca", fugindo para o restaurante Lamas quando a ofendida Marcelle Esteves, disse que não se levantaria e ligou para a polícia com seu celular.

Segundo as palavras de Marcelle Esteves, foi graças à intervenção de alguns fregueses e de outras delegadas da convenção de mulheres, que acorreram ao local, que os soldados da polícia militar tomaram providências e detiveram Maria Fernanda, pois a agressora apresentara-se aos PM’s como oficial da aeronáutica, o que os intimidara.

Marcelle Esteves conseguiu finalmente registrar sua queixa e Maria Fernanda foi autuada por injúria racial, não sem antes passarem pela 9ª delegacia do Catete, que alegando a existência de um sistema de rodízio de delegacias nos finais de semana para casos de flagrante criminal, as encaminhou para a delegacia de Copacabana.

Confira no vídeo abaixo o depoimento de Marcelle.



Fonte: Texto retirado do site http://www.rededemocratica.org/  e vídeo retirado do site http://www.youtube.com.br/  em 29 de novembro de 2011 às 13h41min. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Maternidade precoce na América Latina é maior entre jovens afrodescendentes

Estudo divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) mostra que os índices de maternidade precoce na América Latina são maiores entre as jovens afrodescendentes do que no restante da população jovem. De acordo com o relatório Juventude Afrodescendente na América Latina: Realidades Diversas e Direitos (des)Cumpridos, no Equador, 23% das jovens afrodescendentes com idade entre 15 e 19 anos eram mães em 2001, enquanto no restante da população jovem do país o índice chegava a 16%.

http://www.agenciapatriciagalvao.org.br
Jovens que frequentaram pouco a escola representam a maioria dos casos de maternidade precoce na América Latina – sobretudo jovens afrodescendentes com menos de cinco anos de estudo. A taxa de maternidade no grupo varia de 21% e 37% na região. Já entre as jovens com maior escolaridade, os índices variam de 5% a 11%.

O documento, elaborado pelo Unfpa e pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), apresenta um panorama regional das juventudes afrodescendentes, destacando os perfis demográficos e socioeconômicos dos jovens e a importância de proporcionar sua inclusão na sociedade em geral.

Com base em informações de organizações afrodescendentes, o relatório aponta que esses jovens vivem uma "exclusão tripla": étnica, por serem afrodescendentes; de classe, por serem pobres; e de geração, por conta da idade. As jovens ainda enfrentam uma quarta exclusão: a de gênero.

Fonte: Retirado do site http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/  em 27 de novembro de 2011 às 08h45min.

sábado, 26 de novembro de 2011

Negros ainda estão entre os mais 'vulneráveis', diz ministra

A ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou neste domingo (20) que é preciso aproveitar o momento de "inclusão social vivido pelo Brasil" para melhorar as condições acesso das pessoas negras às políticas públicas implementadas pelo governo federal.

A ministra fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão em virtude do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, que é comemorado no dia 20 de novembro. A data foi instituída para estimular a reflexão sobre a situação dos negros no Brasil.

http://g1.globo.com/
"As mudanças no acesso à educação, trabalho e renda ainda são acompanhadas pela persistente presença de mulheres e homens negros entre os mais vulneráveis. Hoje lembramos uma experiência histórica que supera épocas e lugares. Com a sanção da lei que declara o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra o governo reconhece o empenho dos movimentos negros, porque o significado desta data alcança a todos nós brasileiros", disse a ministra.

Segundo dados do governo, as pessoas negras representam 71% dos brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza. Durante o pronunciamento foi feito o anúncio da campanha "Igualdade Racial é pra Valer", que pretende mobilizar agentes econômicos e socias no combate à desigualdade racial, classificada pela ministra como "o núcleo mais resistente de nossas desigualdades.

Luiza Bairros lembrou ainda que 2011 foi eleito pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, um dos motivos para o lançamento da campanha que pretende chamar a atenção para as dificuldades de acesso dos negros à educação, trabalho e renda.

Comemorações
A Praça da Luz, no Centro de São Paulo, recebeu neste domingo as comemorações do Dia da Consciência Negra. Durante todo o dia, diversas bandas se apresentaram no palco montado especialmente para a data. Oficinas, apresentações de capoeira e atividades para crianças também fizeram parte do programa.

O show da Consciência Negra acontece desde 2007. O evento é organizado pelo governo do estado e pela Prefeitura de São Paulo. Neste ano, de acordo com a secretaria, são homenageados os 80 anos de fundação da Frente Negra Brasileira, primeiro movimento político organizado voltado para a população negra do país.

Em Salvador, os motoristas enfrentaram trânsito lento na Avenida Sete de Setembro, na Carlos Gomes e no Campo Grande, principais vias do centro da capital baiana, na tarde deste domingo, Dia da Consciência Negra. Segundo a Transalvador, integrantes do Movimento Negro se concentram nas ruas e usam um trio elétrico para comemorar a data.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/  em 22 de novembro de 2011 às 18h55min.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Feira pelo fim da violência contra a mulher

Hoje, às 9h, na Praça Fausto Cardoso, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) promoverá um ato pelo Fim da Violência contra a Mulher. A ação faz parte da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Na ocasião, haverá a colocação de cruzes que simbolizará a mulher vítima de violência. O tema dessa edição será Da Paz no Lar à Paz no Mundo.


Na ocasião, a equipe da Secretaria de Mulheres se posicionará em um estande localizado em frente ao Palácio Museu Olímpio Campos, juntamente com representantes de outros órgãos do estado e de setores que atuam com a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

http://www.infonet.com.br/
Distribuição de material informativo, demonstração sobre o auto-exame da mama e explicações sobre o uso de preservativo masculino e feminino farão parte da programação. Também haverá espaço para que representantes de organizações governamentais ou não governamentais se pronunciem sobre o tema em questão.

Fortalecimento

Na edição 2011, a campanha vai aprofundar quatro questões que foram identificadas como prioridades para o enfrentamento à violência contra as mulheres: Violência Doméstica; Proliferação de armas pequenas e seu papel na violência doméstica; Violência política contra as mulheres, incluindo pré/durante/ e pós eleitoral; Violência Institucional.

“Nós da SEPM, através das coordenadorias de Articulação Institucional e Ações Temáticas, e de Enfrentamento à Violência, intensificamos as nossas ações, mesmo antes desse período, prevendo o fortalecimento da campanha em Sergipe”, informou a secretária de Políticas para as Mulheres, Maria Teles dos Santos.

De acordo com a secretária, desde outubro passado que a SEPM promove ações nas comunidades.  “Buscamos conscientizar a população sobre o tema em questão, que é um dos focos do trabalho diário na SEPM”, completou a secretária.

Ela informou que dentre as ações desenvolvidas estavam: o Encontro de Mulheres, que ocorreu de 19 a 28 de outubro nas comunidades do conjunto João Alves, em Nossa Senhora do Socorro (Espaço Ecos); na Associação Revida, no bairro Sagrada Família e na Associação C.H.A.M.A, no Loteamento Pantanal, em Aracaju.

“Em Pinhão, técnicas da secretaria sensibilizaram os gestores municipais para a implantação da Coordenadoria e do Conselho de Mulheres”, completou.

Novas parcerias

Além dessas ações, a SEPM atua em parceria com os municípios do estado na realização de atividades que fortaleçam a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Enfrentamento à Violência. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a sociedade para a importância da campanha que luta pela erradicação da violência contra a mulher e pela garantia dos direitos humanos.

Programação

No dia 1º de dezembro, a SEPM apoiará a Caminhada pelo Dia Mundial de Combate a AIDS, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju – Programa DST-AIDS.

Outra ação está sendo discutida coma as coordenadorias da secretaria para ser executada no dia seis de dezembro, quando ocorrerá a Campanha do Laço Branco.

Já no dia 10 de dezembro, a SEPM apoiará a programação pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Internacional

A Campanha Internacional 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização educativa e de massa, que luta pela erradicação deste tipo de violência e pela garantia dos direitos humanos.

Ela é realizada desde 1991 pelo Centro para a Liderança Global das Mulheres, da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.

Nessa edição, a campanha terá a participação das integrantes da Rede Internacional de Ação sobre as Armas Pequenas (Iansa). Seguindo o tema apresentado, os ativistas deverão denunciar o aumento do número de armas pequenas e sua relação com a violência doméstica. De acordo com informações da organização, o risco de morte de mulheres é três vezes maior quando existe uma arma de fogo em casa.

Fonte: Retirado do site http://www.infonet.com.br/  em 23 de novembro de 2011 às 23h41min.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Senado comemora Dia da Consciência Negra

Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, o Senado promoveu nesta segunda-feira (21) uma sessão especial no Plenário da Casa. Na solenidade, que também serviu para festejar o Ano Internacional dos Afrodescendentes, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU); os 23 anos de criação da Fundação Cultural Palmares; e o primeiro ano de vigência do Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), os parlamentares também homenagearam o ex-senador Abdias do Nascimento, que dedicou seus mandatos parlamentares à luta contra o racismo.

O conjunto de homenagens foi requerido pelos senadores Paulo Paim (PT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA) e Aníbal Diniz (PT-AC), entre outros.


http://jorgecalmon.blogspot.com

A cerimônia foi iniciada ao som do Hino Nacional, e, em seguida, houve a apresentação de versões das canções Sorriso Negro, de Décio de Carvalho, Dona Ivone Lara, Hermínio Bello de Carvalho e Silas de Oliveira; e Zé do Caroço, de Leci Brandão, executadas pela Orquestra Batucadas de Zumbi. No encerramento, o mesmo grupo tocou uma versão do Hino Nacional, executada com tambores e outros instrumentos de percussão.

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado na data em que o líder negro Zumbi, que comandou o Quilombo de Palmares, foi morto: 20 de novembro de 1695. A data foi instituída pela Lei 10.639/2003, que também tornou obrigatório o ensino de história e cultura afrobrasileira nas escolas.

- Zumbi continua vivo. Zumbi não morreu. Cortaram a sua cabeça, mas os seus ideais continuarão a guiar a cruzada da liberdade, da justiça e da igualdade – disse Paulo Paim.

Para Lídice da Mata, a data é o principal marco da luta da comunidade afrodescendente brasileira contra o racismo.

- A data tornou-se um fórum permanente de análises, discussões e debates, em busca de soluções para questões a que a sociedade e o Estado ainda não deram respostas satisfatórias – salientou.

Os senadores Anibal Diniz (PT-AC), Geovani Borges (PMDB-AP), Eduardo Suplicy (PT-SP), Valdir Raupp (PMDB-RO) também registraram que o Dia da Consciência Negra é de grande importância para a reflexão sobre as desigualdades ainda existentes no país.

- A comemoração dessa data é de grande importância, pois representa um momento de conscientização da desigualdade de direitos que ainda persiste em nossa sociedade – avaliou Geovani Borges.

Abdias do Nascimento

Durante a sessão, Paulo Paim, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) anunciou que o Senado deverá denominar a sala da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) de sala “Senador Abdias do Nascimento” conforme projeto de resolução (PRS 20/11). Paim também registrou que o ex-senador dedicou sua vida ao combate de todo tipo de preconceito. Abdias do Nascimento morreu em maio deste ano, aos 92 anos.

- Você, Abdias, que não está mais aqui conosco, é patrimônio da humanidade. A sala da Comissão dos Direitos Humanos aqui do Senado, por iniciativa nossa, vai levar o nome de Sala Abdias Nascimento – afirmou o parlamentar.

Fonte: Retirado do site http://correiodobrasil.com.br/  em 21 de novembro de 2011 às 19h25min.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Campanha “Quem ama, abraça”, pelo fim da violência contra as mulheres

Em comemoração aos 30 anos do Dia Internacional pela Não-Violência contra as Mulheres, a Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) e o Instituto Magna Mater lançam a campanha "Quem Ama, Abraça – Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", que visa estimular o debate sobre a questão da violência contra as mulheres por meio de intervenções urbanas. Inspirada na iniciativa “Mujeres por la Ciudad”, desenvolvida em várias cidades latino-americanas, a campanha será lançada nas cidades do Rio de Janeiro, Vitória, Belém e Porto Alegre.

A ação vai chamar a atenção da população para dados alarmantes, que mostram que cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil; seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica; a cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no Brasil.

“Tivemos a preocupação de fazer uma campanha que dialogasse com a sociedade. O que queremos muito é atrair a sociedade, as pessoas, homens e mulheres, para que a gente possa fazer um mutirão. Criar uma grande onda de abraços pelo fim da violência contra as mulheres. Infelizmente, os dados que temos até hoje são assustadores”, ressaltou a coordenadora executiva da Redeh, Schuma Schumaher.

Segundo a coordenadora, hoje existem no país leis que garantem proteção para a mulher que denuncia seu agressor, e é importante denunciar os agressores. Para ela, o movimento busca assegurar os direitos das mulheres e é preciso encontrar meios para que os índices de violência sejam menores na sociedade.

Desde o dia 16 de novembro, sete estatuetas de mulheres estão espalhadas em pontos de grande movimento da cidade do Rio de Janeiro. A intervenção faz parte da ação Mulheres pela Cidade, que se propõe a mostrar às autoridades e à população como as mulheres são tratadas.

                                                            


De 25 de novembro a 10 de dezembro, a campanha Quem Ama, Abraça estará sendo veiculada nacionalmente em um videoclipe gravado por grandes nomes da música brasileira, como Alcione, Ana Carolina, Beth Carvalho, Carlinhos Brown, Chico César, Daniel, Daniela Mercury, Ed Motta, Elba Ramalho, Lenine, Margareth Menezes e Martinho da Vila.
                          
Fonte: Matéria retirada do site http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/  e vídeo retirado do site http://www.youtube.com.br/ em 23 de novembro de 2011 às 19h00min.

Capixabas marcham contra o extermínio da juventude negra, no ES

O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes) realizou na manhã desta segunda-feira (21), a IV Marcha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra, no Centro de Vitória. O protesto aconteceu durante a Semana da Consciência Negra, que se iniciou neste domingo (20).

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O Fejunes alerta que o Espírito Santo tem a segunda maior taxa de homicídios do país, com média de 50 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. As principais vítimas dessa violência, segundo o Fórum, são os jovens negros.

Com o evento, o Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes) pretende dialogar com a sociedade sobre as condições de vida da população negra capixaba. E ainda reivindicar a implementação de políticas públicas de atenção ao povo negro.

O encerramento de deu em frente ao Palácio Anchieta. O pedido dos jovens é a implementação de políticas de promoção da igualdade racial e políticas públicas para a juventude. O dia da Consciência Negra, dia 21 de novembro, acontece no dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/  em 21 de novembro de 2011 às 18h25min.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dilma diz que pobreza no Brasil tem face negra e feminina

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sábado que “a pobreza no Brasil tem face negra e feminina”. Daí a necessidade de reforçar as políticas públicas de inclusão e as ações de saúde da mulher, destacou, ao encerrar, em Salvador, o Encontro Ibero-Americano de Alto Nível, em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes.

Em discurso, ela explicou por que as políticas de transferência de renda têm foco nas mulheres, e não nos homens: elas “são incapazes de receber os rendimentos e gastar no bar da esquina”. Dilma destacou que, nos últimos anos, inverteu-se uma situação que perdurava no país, quando negros, índios e pobres corriam atrás do Estado em busca de assistência. Agora, o Estado é que vai em busca dessas populações, declarou.

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Ao defender a necessidade de ações de combate à pobreza, a presidenta citou o Programa Brasil sem Miséria, cujo objetivo é retirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema. No discurso, ela destacou ainda a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em 2003, e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, no ano passado, além da obrigatoriedade do ensino da história afrobrasileira nas escolas.

Dilma apontou também o fato de a data do evento coincidir  com a da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, com o Dia Nacional da Consciência Negra, a ser comemorado no domingo, e com os 123 anos do fim institucional da escravidão no país.

Nestes 123 anos, disse a presidenta, “sofremos as consequências dramáticas da escravidão” e foi preciso combater uma delas, a sistemática desvalorização do trabalho escravo, que resultou na desvalorização de qualquer tipo de trabalho no país. A característica mais marcante da herança da escravidão foi a invisibilidade dos mais pobres, enfrentada nos últimos anos a partir da certeza de que o crescimento do país só seria possível com distribuição de renda e inclusão social, acrescentou Dilma.

Para a presidenta, existe, no entanto, uma “boa herança” da escravidão, que é o fato de milhões e milhões de negros terem construído ao longo dos anos a nacionalidade brasileira, junto com as populações indígenas, européias e asiáticas. Segundo Dilma, essa “biodiversidade” cultural é uma das maiores riquezas do país, uma grande contribuição para o mundo, especialmente quando ressurgem em vários países preconceitos contra imigrantes.

Ela ressaltou que, embora o Brasil tenha a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, a discriminação persiste: os afrodescendentes são os que mais sofrem com a pobreza e o desemprego.

No discurso, além de lembrar o papel central do Continente Africano na política externa brasileira, Dilma enfatizou o fato de a América do Sul ser um dos continentes que mais crescem, apesar da crise financeira que começou em 2008. De acordo com a presidenta, a adoção de políticas desenvolvimento do mercado interno pelos países sul-americanos tem sido uma barreira contra os efeitos da crise.

Fonte: Retirado do site http://correiodobrasil.com.br/  em 20 de novembro de 2011 às 17h52min.

domingo, 20 de novembro de 2011

Mulher é baleada na cabeça e ex-marido é suspeito do crime

Uma auxiliar de serviços gerais de 28 anos levou um tiro na cabeça, nesta quinta-feira (17), quando passava de bicicleta por uma rua do bairro Cidade Pomar, na Serra. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro e pai do filho mais novo da vítima.

http://www.es.gov.br/

Segundo os investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o motivo do crime foi uma briga entre os dois por causa da pensão alimentícia para a criança, que está com a mãe. A auxiliar de serviços gerais tem três filhos e mora com a sogra, num bairro da Serra. No Hospital Dório Silva, onde foi atendida e medicada, a vítima deu uma versão que não convenceu a polícia.

Ela informou que estava a caminho da padaria de bicicleta e que teria sido ferida por bala perdida. Os policiais desconfiaram da versão e resolveram ir até o local onde a vítima indicou ter sido atingida.

Durante a investigação, os policiais descobriram que o principal suspeito era o ex-marido da mulher. Alex Santos de Souza, 24 anos, está foragido. Ele tem passagem pela polícia e fugiu da Penitenciária Semiaberta de Vila Velha.

Fonte: Retirado do site http://gazetaonline.globo.com/index.php  em 18 de novembro de 2011 às 20h16min.

sábado, 19 de novembro de 2011

Mulher é morta um dia após denunciar ex-marido por ameaça

Uma babá de 22 anos foi morta a tiros no bairro Alves Pereira, em Campo Grande - MS, na tarde de quinta-feira (17), um dia após registrar boletim de ocorrência por ameaça e violência doméstica contra o ex-companheiro, de 28 anos. A irmã da vítima, de 25 anos, estava com a babá na hora do crime e teve o capacete perfurado por uma bala. Ela não ficou ferida.

De acordo com o boletim de ocorrência, a babá estava em uma motocicleta conduzida pela irmã quando as duas foram abordadas por um homem que seria o ex-companheiro da babá. O homem, que também estava em uma moto, fez vários disparos contra as duas mulheres e fugiu.

http://g1.globo.com/

A irmã da vítima relatou na delegacia que se fingiu de morta para escapar do agressor. Enquanto pedia ajuda aos vizinhos, ela percebeu que o suspeito voltou ao local do crime e apontou a arma para a própria cabeça, mas não atirou e fugiu novamente.

A babá chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu ao chegar na Unidade de Pronto Atendimento Comunitário (UPA) do bairro Universitário. O caso foi registrado como homicídio doloso e violência doméstica.

Para a mulher de 25 anos, o ex-cunhado é o principal suspeito de cometer o crime, porque ele não aceitava o fim do relacionamento, que durou cerca de sete anos. Os dois tiveram uma filha de quatro anos, segundo a irmã.

De acordo com a Polícia Civil, o homem é evadido do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, desde o dia 1º de novembro.

Ele tem passagens por roubo, lesão corporal dolosa, porte ilegal de arma de fogo, direção perigosa e dirigir sem habilitação.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/  em 18 de novembro de 2011 às 10h43min.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Violência contra a mulher motiva marcha na Serra - ES

O próximo sábado (26) vai começar de uma maneira diferente na cidade da Serra. Será chamada a atenção sobre uma realidade que ainda atinge o Estado: a violência contra a mulher. Neste dia, haverá uma marcha pelo fim da violência contra as mulheres. A concentração para a caminhada será às 8 horas, na Avenida Central de Laranjeiras, em frente ao Cartório Antônio Maria.

Da Avenida Central, a marcha segue para a Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher da Serra (Seppom), na Segunda Avenida. O objetivo do evento é chamar a atenção para a gravidade do tema e despertar a consciência dos cidadãos sobre a importância da busca de apoio e denúncia em casos de violência. Segundo a secretária da Mulher, Nazareth Pimentel, os dados demonstram que a violência doméstica tem aumentado. “A nossa luta é para mudar esse cenário”, afirma.

http://www.serra.es.gov.br/
Índices - Segundo números da Seppom, de acordo com dados do Mapa da Violência 2011, o Espírito Santo ocupa o primeiro lugar no ranking de homicídios de mulheres com 10,9 mortes por 100 mil habitantes. Entre as cinco cidades do Estado com maior índice de morte de mulheres a Serra aparece em primeiro lugar, seguida de Cariacica, Vitória, Linhares e Aracruz. Conforme informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher – DHPM até o mês de novembro deste ano, 23 mulheres foram assassinadas no município.

Na maioria das vezes, os assassinatos são precedidos por uma série de agressões domésticas que não são denunciadas por fatores diversos tais como: dependência financeira ou afetiva do agressor, vergonha, humilhação, sentimento de culpa, esperança de mudança das atitudes do agressor e desconhecimento de seus direitos.

Armas - Ainda segundo o Mapa da Violência 2011, vale destacar algumas particularidades existentes nos assassinatos de mulheres. Enquanto as armas de fogo representam quase ¾ das causas dos homicídios masculinos, as armas brancas, que exigem contato direto, como objetos cortantes, penetrantes, contundentes e sufocação, são mais comuns quando se trata de violência contra a mulher.

Outro aspecto que chama a atenção é o local do incidente que originou as lesões causadoras da morte da vítima. Entre os homens, apenas 17% dos incidentes aconteceram na residência ou habitação. Já entre as mulheres, essa proporção sobe para perto de 40%.

Serra – A Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher (Seppom) foi criada a fim de atender às demandas da população feminina da Serra. É a única secretaria específica para o público feminino do Estado. Uma das questões trabalhadas é o combate à violência. A Seppom tem percorrido a cidade com panfletos que esclarecem sobre os direitos da mulher.

No local há diversas atividades para mulheres em situação de violência, que pode ser física e também psicológica. Na Secretaria, as cidadãs e às vezes os companheiros, recebem atendimento psicológico, participam de grupos de apoio e oficinas. As mulheres ainda podem ser encaminhadas para a Casa Abrigo: a Casa Marcele.

A Casa Marcele atende às mulheres que têm sua vida colocada em risco. As mulheres abrigadas na Casa Marcele têm proteção e a alimentação garantida, além de receberem atendimento de psicólogo, pedagogo e assistente social. É trabalhada a auto-estima para que elas possam retornar ao convívio social, quando possível, cientes de sua cidadania.

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Fonte: Retirado do site http://www.serra.es.gov.br/  em 18 de novembro de 2011 às 11h00min.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

III Seminário para as Relações Étnico-raciais em Aracruz - ES

Nos dias 24 e 25 de novembro, a Secretaria de Educação de Aracruz (Semed), por meio da Comissão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro), do Setor de Diversidade promove o “III Seminário para as Relações Étnico-raciais”, com o tema “A inserção do negro na sociedade brasileira: história, política, arte e educação”. O evento acontece no auditório da EMEF “Placidino Passos”, das 19h às 21h30 e tem o apoio da Prefeitura de Aracruz e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) do Espírito Santo.

Aproximadamente 200 profissionais da Educação do município devem participar do seminário. Segundo a secretária da Semed, Ilza Rodrigues, o seminário é um momento para reflexão sobre a luta dos negros no Brasil, contra o racismo na sociedade, visando à construção de uma educação antirracista. “Com o seminário iremos contribuir na formação dos professores e na implementação da Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana na educação do Ensino Fundamental e Médio nas instituições de ensino do município”.

         http://www.pma.es.gov.br/

Ainda segundo Ilza Rodrigues, o evento será um momento para homenagear as personalidades negras de Aracruz e referenciar a memória do maior lutador pela liberdade de nossa história, Zumbi dos Palmares. O seminário continua nos dias 8 e 14 de dezembro, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h, no auditório do Polo da Universidade Abertura do Brasil (UAB) Aracruz, com apresentações de relatos de experiências desenvolvidas nas escolas do município, pelos cursistas da formação afro-brasileiro.

Conheça a programação do III Seminário para as Relações Étnico-raciais



Quinta-feira (24 de novembro) das 19h às 21h30, no auditório da EMEF “Placidino Passos”

·         Abertura Oficial;

·         Apresentações Culturais: Coral Afro Aracruz (Formação Afro), sob a coordenação da pedagoga da Semed e coordenadora do grupo de discussão permanente Afro-brasileiro, Marluce Leila Simões Lopes e a CIA de dança Afro de Aracruz, sob direção de Elídio Netto;

·         Homenagem às personalidades negras de Aracruz.


Sexta-feira (25 de novembro) das 19h às 21h30, no auditório da EMEF “Placidino Passos”

·         Mesa Redonda: “A inserção do negro na sociedade brasileira: história, política, arte e educação”, com o Prof. Msc. Sérgio Pereira dos Santos  (Doutorando e Mestre em Educação/Ufes) e a Prof.ª Msc. Priscila Chisté (Doutoranda e Mestre em Educação/Ufes), tendo como mediadora a Prof.ª Msc. Marluce Leila Simões Lopes.

Fonte: Retirado do site http://www.pma.es.gov.br/noticia/2357/  em 17 de novembro de 2011 às 07h50min.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres

De 20 a 25 de novembro, mulheres de mais de 30 países estarão reunidas na Cidade Quezon, Filipinas, para o 8º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Realizado a cada dois ou três anos, o encontro tem o objetivo de avaliar ações e desenhar linhas de trabalho para os anos seguintes, além de fortalecer o movimento. 

Este ano, entre os temas em pauta estará à discussão sobre o contexto socioeconômico e político mundial, pois é a partir dele que a Marcha planeja suas ações. “A crise econômica só será terminal se a gente tiver alternativas.

Vemos formas de organização em acampamentos, principalmente nos países no Norte, mas a gente tem que debater que tipo de movimento é necessário para o atual momento e o que a MMM pode fazer”, explica Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da Marcha.

http://mmmalagoas.blogspot.com/
Está disponível, no site da Marcha, um texto que subsidiará o debate no 8º Encontro Internacional.

Para a marcha, o fundamental é avaliar como essa conjuntura repercute na vida das mulheres em todo o mundo, com ataques de setores ultraconservadores aos direitos civis, sexuais e reprodutivos, reforçados pela mídia, que, na opinião do movimento, fortalece a ofensiva contra as mulheres.

“Apesar da existência de várias leis contra a violência de gênero, temos testemunhado a intensificação da violência contra as mulheres, expressa no feminicídio. Em particular, temos notado em todos os continentes o aumento de violência contra mulheres (e as suas famílias) que estão ativas em movimentos sociais. Esta situação também se reflete na violação e perseguição de mulheres, particularmente no contexto de militarização”, assinala o texto.

Outro objetivo do evento, segundo Míriam, é pensar a organização interna. “A gente quer garantir uma estrutura flexível, a mais horizontal e democrática possível. Temos que rever estatuto e regras de funcionamento. Será iniciado processo para eleger o Comitê Internacional da Marcha e também para eleger Secretariado Internacional, que ainda está com o Brasil”.

Fonte: Retirado do site http://revistaafricas.com.br/  em 16 de novembro de 2011 às 22h00min.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mulheres capixabas querem reforço na rede de atendimento

Mais de 300 mulheres participaram da III Conferência Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres do Espírito Santo, que ocorreu de 3 a 5 de novembro, em Aracruz. Além da questão da autonomia, a plenária reafirmou a necessidade de ampliação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência.

O Espírito Santo registrou, segundo a promotora Sueli Lima, do Núcleo de Gênero do Ministério Público Estadual, 110 homicídios de mulheres em 2011. O Estado além de liderar as mortes de jovens, está no topo das estatísticas de violência contra a mulher há alguns anos.

www.conferenciadasmulheres.com.br

CONHECER – A ministra Iriny Lopes, a
o abrir a conferência, ressaltou que aquele era um espaço democrático, momento de diálogo, análise e construção.

“Só conseguimos alterar uma realidade quando reconhecemos os problemas. É esse patamar de reconhecimento, de que perdura a desigualdade entre homens e mulheres no nosso país e no mundo, que nos podemos interferir. Só alteramos o que conhecemos e reconhecemos”, ressaltou a ministra.

Iriny Lopes lembrou que as propostas da conferência deveriam ter em mente os princípios de respeito à diversidade e combate a todas as formas de racismo, homofobia, discriminação contra as pessoas com deficiência; indígenas, ciganas, entre outras.

RELIGIÃO – “A religião de cada pessoa é de foro íntimo e não pode interferir na política. O estado é laico. A defesa e a convicção de que o Estado é laico: com respeito ao exercício da liberdade religiosa, entretanto, as políticas públicas não podem se mover em função de crenças religiosas”, lembrou.

A ministra disse ainda que a Secretaria de Políticas para as Mulheres enviou R$ 2,5 milhões para o Pacto de Enfrentamento à Violência e que o governador garantiu a contrapartida do Estado.

Fonte: Retirado do site http://www.conferenciadasmulheres.com.br/noticiaLer.php?id=131  em 14 de novembro de 2011 às 10h20min.

domingo, 13 de novembro de 2011

Cidade com mais negros tem maior desemprego

Quanto maior a quantidade de pretos no mercado de trabalho, maior a taxa de desemprego da cidade. A conclusão consta de estudo do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia)/FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta segunda-feira (7).


http://noticias.r7.com/

A pesquisa levou em conta dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, que coleta informações sociais de seis capitais: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo.

O autor da pesquisa e professor do Ibre, Fernando de Holanda, explica que a pesquisa usa o termo preto – e não negro - porque o IBGE pergunta para o cidadão se ele é "preto, branco, pardo, amarelo, entre outros". Segundo ele, é bom ressaltar porque, “quando falamos em preto, as pessoas pensam que a pesquisa é pejorativa”.

O levantamento mostra que, ao contrário da raça e da cor, o sexo, escolaridade, faixa etária, experiência profissional e o capital humano não têm peso significativo na taxa de desocupação. O pesquisador do Ibre explica que, “o desemprego para os pretos é 20% e para os brancos é cerca de 10%, ou seja, metade”.

- Pense em duas populações: uma com 50% com de pretos e 50% brancos e outra com 80% de brancos e 20% de pretos. No primeiro caso, o desemprego será de 15% e, no segundo caso, a taxa cai para 12%. Isso porque a parcela da população preta tem um desemprego mais elevado, o que faz o desemprego aumentar.

Holanda diz que o principal motivo para acreditar nessa diferença expressiva de desemprego entre brancos e pretos seria “o nível de escolaridade, porque, em geral, pretos e pardos são excluídos da sociedade, não tiveram as mesmas oportunidades e, com isso, eles enfrentariam um desemprego mais elevado por não ter qualificação para entrar no mercado de trabalho”.

- Mas quando fazemos essa mesma análise e separamos os trabalhadores por grupo de escolaridade, a educação explica muito menos que a raça.
Capitais como Recife e Salvador, onde a população negra ou parda é muito maior que a brancos, apresentam um saldo negativo de trabalho maior que cidades como Porto Alegre e Belo Horizonte.

- Na comparação entre Porto Alegre e Salvador, os resultados mostram que 30% do diferencial de desemprego são explicados por raça enquanto a educação e capital humano explicam só 10%.

Na Bahia, de acordo com dados da PNAD, 30% da PEA (População Economicamente Ativa) é formada por negros e 53% por pardos. No mesmo ano, o desemprego em Salvador estava em 14,2%.

Já no Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% são pardos, segundo a PNAD de 2009. No mesmo ano, a taxa de desemprego de Porto Alegre foi de 7,6%, segundo a FGV. A capital gaúcha tem 7,2% da PEA de pretos, 11,2% de pardos e 81% de brancos.

Fonte: Retirado do site http://noticias.r7.com/  em 09 de novembro de 2011 às 13h45min.