sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Dicas de superação do racismo para o Novo Ano

Muitas pessoas querem se tornar mais pró-ativa contra o racismo. A verdade é que o racismo está profundamente enraizado na sociedade e muitas vezes é difícil de perceber e resistir. No entanto, uma vez que você tenha um bom entendimento do que é o racismo, você pode começar a tomar uma posição significativa contra o racismo.

Segue algumas dicas para você começar o  Novo Ano pró-ativo contra o racismo:

Compreender seus próprios pensamentos e comportamentos racistas. Muitas pessoas gostam de pensar que não são racistas, mas quase todo mundo, ocasionalmente, faz julgamentos precipitados com base na “raça”. Racismo não inclui apenas pensamento negativo sobre pessoas de uma determinada etnia, por exemplo: “supondo que uma pessoa asiática é boa em matemática” também é racismo. Quando você tem pensamentos racistas, reconhecê-lo é o primeiro passo para a superação do racismo.

Ensine seus filhos sobre o racismo e a rejeitar o comportamento racista. Se seu filho ou filha apresenta tendências racistas, é bom gentilmente corrigi-los.

Incentive a escola do seu filho a ter discussões abertas sobre a questão racial, não apenas durante o "Mês da Consciência Negra", mas ao longo do ano.

Falar contra o racismo. Se um colega de trabalho conta uma piada racista, fale que você não gostou da piada em vez de rir junto com o grupo.

É difícil fazer isso no começo, mas é um passo para você adquirir respeito e mudar comportamentos racistas das pessoas.


Participe de grupos em sua comunidade que fazem trabalhos contra o racismo, se não existe um grupo de discussão na sua comunidade crie um.

Participe das atividades da Rede Afrokut  temos um acervo  com ótimos conteúdos sobre a superação do racismo, negritude, branquitude, indigenitude e Humanitude. Excelentes informações que ajudará  Você obter mais idéias sobre como ter um efeito direto da superação do racismo em sua comunidade.

Ficam essas dicas para você começar o ano com os dois pés sobre o racismo. Tem outras dicas? Compartilhe com todos e todas!

Hernani Francisco da Silva

Fonte: Texto e imagens retiradas do site http://negrosnegrascristaos.ning.com/  em 30 de dezembro de 2011 às 14h43min.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Entrevista

Durante os dias 03, 04 e 05 de novembro de 2011 foi realizada no Sesc de Praia Formosa em Aracruz – ES, a 3ª Conferencia Estadual de Politicas para as Mulheres do Espirito Santo. A Conferencia abordou os seguintes eixos temáticos:

Temário 01 – Análise da realidade Nacional e Estadual, social, econômica, política , cultural e dos desafios para a construção da igualdade de gênero;

Temário 02 – Avaliação e aprimoramento das ações e politicas que integram o II Plano Nacional de Politicas para as mulheres e definição de prioridades, e

Temário 03 – Análise e aprovação da plataforma de politicas para as mulheres visando à construção do Plano Estadual de Politicas para as mulheres.
Na oportunidade foram discutidas propostas para o Plano Estadual de Politicas para as Mulheres, Avaliação do quadro atual das politicas para as mulheres no Brasil (avanços, retrocessos, e desafios) além da elaboração de propostas para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

Durante o evento contou-se com a presença de vários representantes de órgão ligados a defesa dos direitos da mulher, dentre os participantes podemos destacar a presença da Ministra Iriny Lopes, da senadora Ana Rita, da Pomotora do Ministério Publico do ES, Dra. Sueli Lima, representantes do CEDIMES – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher,  Secretario Estadual de Assistencia Social, Trabalho e Direitos Humanos – Rodrigo Coelho,além de várias representantes do entidades e movimentos da sociedade civil organizada, inclusive representantes indigenas, do movimento de mulheres negras, e do movimento LGBT.

Também há que se destacar a presença do coral Maria Marias da penitenciária feminina de Tucum, as detentas fizeram uma apresentação musical durante o evento que emocionou as participantes. Além da participação do coral, foi marcante a presença e participação nos debates,  de duas internas que foram eleitas na Conferencia de Politicas para as Mulheres  realizada dentro do presidio feminino de Tucum. Ambas se posicionaram de forma muito objetiva e demonstraram muito interesse em defender os direitos das mulheres privadas de liberdade, o desejo de superar a condição de detentas e o anceio para que outras mulheres não tenham suas liberdades cerceadas também.

A ministra Iriny Lopes ressaltou a importância do momento e a necessidade de se retirarem os direitos do papel e levar para a prática. Segundo ela um dos principais pilares para a  discussão seria a autonomia como alicerce da igualdade, pois,” sem autonomia não é possivel ser igual.” Ainda segundo a Ministra, para que se retirasem boas propostas de ação seria necessário também partir de um patamar: “o reconhecimento de que perdura a desigualdade entre homens e mulheres no nosso pais; assim como perdura no mundo todo. Agente só pode auterar a realidade que agente conhece adminite e reconhece. A superação da desigualdade é pra nós o eixo central da superação do perigo”.



Lidia e Viviane, Casal de lésbicas presente na 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres – ES. Foto do arquivo pessoal de Princila da Cunha

Após longos e produtivos debates foramelencadas propostas a serem enviadas para a Conferencia Ncional e propostas para o Plano Estadual de Politicas para as Mulheres, além das propostas foram eleitas 59 delegadas para representar o Espirito Santo na Conferencia Nacional de Politicas para as Mulheres a ser realizada nos dias 12, 13, 14  e 15 de Dezembro de 2011 em Brasília, capital federal. Dentre as eleitas estão o casal de lésbicas entrevistado e a aluna do curso de GPP GeR de Aracruz, Princila da Cunha.

O Casal Lidia e Viviane, namoram há 09 meses e moram juntas há 01 mês em Vitoria. Lidia – 21 anos e Viviane - 20 anos se conheceram na UFES dentro do movimento estudantil, Lidia estuda biblioteconomia e Viviane estuda administração.

Quando questionei como foi à aceitação das famílias elas me responderam que para Lidia foi mais fácil, pois, sua avó também é lésbica, isso facilitou a aceitação, o entendimento e a resposta da família foi bem tranquila, ela percebeu que gostava de meninas aos 12 anos de idade.

Já Viviane enfrentou algumas dificuldades, pois seus pais foram bem preconceituosos, entretanto não reagiram de forma violenta ou agressiva. Para ela, se assumir enquanto lésbica foi fácil, pois, estava engajada no movimento estudantil e por já defender o debate sobre a diversidade sexual. Ainda segundo Viviane a parte mais difícil foi à desconstrução, desconstruir o padrão heterossexual pelo qual foi criada e guiada até o momento em que percebeu que gostava de meninas (aos 19 anos). Para ela essa desconstrução era necessária para poder ficar bem consigo mesma.

Lídia ressaltou que durante toda a vida nós fomos orientadas a sermos heterossexuais, a menina é orientada a se relacionar com meninos e vice e versa desde muito cedo, partir dessa desconstrução é perceber que toda a nossa sociedade é construída dessa maneira, e essa construção parte de uma exclusão social muito grande para as pessoas com orientação LGBT.

Quando avalia a participação na 3ª Conferencia Estadual de Políticas para as Mulheres – ES Lidia diz que por serem mulheres e por serem lésbicas, lutar nos dois segmentos tanto no movimento LGBT como no movimento de mulheres é muito importante para que as lésbicas também sejam reconhecidas enquanto mulheres; lembrar que as políticas públicas precisam contemplar todas as mulheres independente da sua vivencia e da sua identidade, o ganho para as mulheres e principalmente para as mulheres lésbicas é que elas se sintam incluídas e fazer com que as políticas públicas as contemplem também, dentro de toda a diversidade que é o universo das mulheres. O que adianta ter política pública para uma mulher heterossexual se não tem para as mulheres lésbicas como é a realidade, as políticas tem que contemplar TODAS as mulheres.

Texto produzido pela aluna GPPGeR/UFES – Polo Aracruz, Princila da Cunha, com base em uma entrevista realizada durante a a 3ª Conferencia Estadual de Politicas para as Mulheres do Espirito Santo.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Grupo 04 do Curso de GPPGeR/UFES – Polo Aracruz, contou com uma representante na 3ª Conferência Nacional de Politicas para as Mulheres em Brasília

Saudações colegas de curso e pessoas ligadas à luta das mulheres, meu nome é Princila, estou participando da 3ª Conferência Nacional de Politicas para as Mulheres aqui em Brasília. A delegação do ES conta com aproximadamente 50 delegadas (sociedade civil e poder público municipal e estadual), represento o poder público do município de Aracruz-ES, para mim é uma honra poder estar aqui defendendo os direitos das mulheres brasileiras. Espero poder contribuir nos debates e rodas de conversa para que as propostas aprovadas sejam as melhores e que de fato beneficiem as mulheres do nosso país!


Os conhecimentos adquiridos durante esses primeiros módulos do curso de GPPGR estão muito presentes em todos os momentos nas rodas de conversa, painéis e grupos de trabalho, possibilitando a mim entender com mais facilidade as propostas e o desenho desejado para as politicas publicas do nosso país.

É marcante a presença de mulheres negras; representantes de movimentos negros, indígenas, lésbicas, trabalhadoras rurais, ciganas, mulheres portadoras de necessidades especiais e idosas, cerca de 50% das mulheres participantes do evento, são negras e defendem firmemente todas as negras do país.  O discurso da diversidade e do racismo é constate, todas almejam a superação das discriminações e violências sofridas simplesmente por causa da cor da pele ou pela opção sexual, o movimento feminista se mostra muito presente defendendo propostas e tentando descontruir a imagem da mulher como apenas mãe e dona de casa.

No primeiro dia (12/12) foi realizada a abertura do evento, na ocasião a presidenta Dilma Rousseff esteve presente e fez um discurso relembrando suas palavras do dia de sua posse e reafirmando o compromisso com as mulheres brasileiras, Dilma informou ainda que os boatos que estão sendo vinculados na mídia sobre o desfacelamento da SPM não procede!

Devido a falhas logísticas algumas delegações foram hospedadas em locais muito distantes do Setor de Difusão Cultural Ulisses Guimarães, algumas ficaram hospedadas distantes cerca de 100 km. Fato que gerou vários transtornos.

Estiveram presentes a senadora Ana Rita (ES) e a Ministra Iriny Lopes (ES) ambas deram muita atenção à delegação do ES e agradeceram a presença das delegas, pediram que participássemos efetivamente das discussões para construímos coletivamente um bom trabalho. A ministra Iriny fez questão de ir até o local onde a delegação do ES e outros estados estavam para prestar esclarecimento referente às questões da hospedagem.






Senadora Ana Rita no dia da abertura do evento com a aluna do curso de GPPGR- Princila da Cunha no Centro de Convenções Ulisses Guimarães.


Ministra Iriny Lopes com a aluna do curso de GPPGR – Princila da Cunha no CNTI – Centro Nacional dos Trabalhadores da Indústria, onde a delegação do ES está hospedada.

No dia 13 após os trabalhos e grupos de estudo as participantes do evento tiveram a oportunidade de relaxar e curtir o show com a cantora Zélia Duncan que fez uma excelente apresentação onde todas as pessoas presentes cantaram e dançaram junto com ela.

Zélia abriu o show agradecendo a presença e dedicação de todas as delegadas (3 mil delegadas representando todos os estados brasileiros) reafirmando a importância de tal evento e a necessidade de construção de politicas publicas para todas nós mulheres brasileiras, disse que se sentia orgulhosa de poder fazer um show em um evento como este e de poder retornar a Brasília, cidade que gosta muito. “Sintam-se abraçadas. Abraçadas por todo o Brasil”. Zélia fez também uma homenagem a cantora Cássia Eller (Musica – Segundo Sol) e a Patrícia Galvão – símbolo da luta das mulheres (com a música feita em parceria com a Rita Lee, “Pagu”).

Já no dia 14 foram realizados vários painéis com os temas: Enfrentamento das desigualdades e a autonomia das mulheres; Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: perspectivas e prioridades; após o almoço foram realizadas 04 rodas de conversa com os seguintes temas: Mulheres jovens e idosas – as politicas e as diferenças de geração; Relatos de experiências de gestão publica; Relatos de experiências de gestão publica e Mulher e participação politica.

Após o almoço as delegadas se dividiram em 24 grupos de trabalho subdivididos em três temas distintos: Autonomia cultural, Autonomia pessoal, e Autonomia politica, institucionalização e financiamento de politicas publicas para as mulheres.

Ao final dos grupos de trabalho as delegadas assistiram a uma palestra com Michelle Bachelet (Secretaria Geral Adjunta da ONU e Diretora Executiva da ONU Mulheres) logo em seguida houve show com o Grupo SaiaBamba (grupo composto exclusivamente por mulheres) o grupo agitou as participantes da 3º Conferencia em mais um dia de trabalhos.

Ainda no dia 14 de dezembro foi realizada uma reunião entre uma representante do Conselho Federal de Serviço Social – Maria Braga e várias Assistentes Sociais representando vários estados brasileiros; mais uma vez as/os Assistentes Sociais presentes na luta pela ampliação e garantia de direitos para a população brasileira e reafirmando o compromisso ético-politico da profissão, estando presente nos espaços de discussão e formulação de politicas púbicas.

Infelizmente tivemos vários episódios de violência urbana (roubos), racismo e lesbofobia. Várias foram às delegadas que relataram ter passado por situações delicadas de preconceitos de vários tipos, um dos casos de racismo foi parar na delegacia no DF, uma pessoa da empresa contratada para organizar o evento discriminou uma senhora negra.

Ouvimos também relatos de lesbofobia, “deveriam ter identificado um banheiro somente para lésbicas”.  E discriminações devido à localidade de moradia de algumas delegadas. É triste ver que em uma conferencia para a discursão de politicas para as mulheres e em um momento histórico para a sociedade brasileira ainda estão latentes as violências acima descritas e da pior forma possível; entre pessoas do mesmo gênero: mulheres.

A luta deve ser conjunta e em prol do coletivo visando à superação de tantos preconceitos e violações de direitos. Independente da militância (partidos políticos, movimentos sociais, religiões e sociedade civil) devemos ter em mente o respeito à diversidade e as opções pessoais de cada mulher, devemos também lutar para a superação dos tabus e paradigmas relacionados à posição da mulher na sociedade. As mulheres devem ter um discurso coeso e capilar para alcançar, por exemplo, a superação do machismo tão presente em nossa sociedade. Enquanto as mulheres não estiverem pensando de forma critica e sendo autônomas, pouco se avançará na superação da violência domestica, do racismo, da lesbofobia e tantos outros males que nos causam sofrimento...

Enquanto a mulher não puder decidir plenamente sobre o seu corpo ela não será completamente livre e autônoma. Precisamos estar unidas!




Texto produzido pela aluna GPPGeR/UFES – Polo Aracruz, Princila da Cunha. Fotos do arquivo pessoal de Princila da Cunha.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dilma Rousseff garante que Secretaria de Políticas para Mulheres será mantida

A presidenta da República Dilma Rousseff negou ontem as persistentes notícias veiculadas em diversos veículos de comunicação do país sobre uma possível extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) na reforma ministerial prevista para acontecer em janeiro. “Não há qualquer veracidade nas notícias que falam sobre a extinção ou fusão da secretaria”, afirmou a presidenta ao abrir a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

blog.planalto.gov.br
Dilma assegurou que, ao contrário do veiculado pela imprensa, pretende “continuar avançando com a secretaria que defende os direitos das mulheres e que é fundamental para o governo da primeira mulher eleita presidente do Brasil”.

A presidenta da República afirmou que o Brasil tem superado obstáculos na conquista de mais espaço para as mulheres e citou que 2011 foi um ano marcado por conquistas como a criação da ONU Mulheres - dirigida pela ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet -, a eleição da primeira mulher para a Presidência do Brasil e o discurso feito por ela na abertura da  Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Para Dilma, a Conferência Nacional vai encerrar o ano com mais uma conquista. “As discussões que vão acontecer aqui serão o mais importante subsídio para aprimorar o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. As mulheres brasileiras têm em sua presidente uma aliada incondicional na luta por um Brasil mais justo e igualitário”, disse.

TRÊS MIL MULHERES

A 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reúne cerca de três mil brasileiras que discutem, em três dias, temas como a autonomia econômica feminina, a maior participação das mulheres na política e o fim da violência contra as mulheres. A conferência é o resultado de um processo participativo que mobilizou mais de 200 mil mulheres em todo o país e vai consolidar as propostas das conferências estaduais e municipais.

De acordo com a ministra Iriny Lopes, depois que o Brasil conquistou avanços em relação ao combate da violência contra as mulheres, o principal foco dos debates será a construção da autonomia econômica e financeira feminina, que inclui a construção de mais creches no país, a ampliação da participação da mulher no mercado de trabalho, o fim das diferenças entre a remuneração entre os sexos e o combate ao trabalho informal.

“A creche é o principal equipamento público para permitir a entrada da mulher no mercado de trabalho. As crianças precisam estar bem cuidadas para que as mães possam ter tempo em investir em sua formação”, afirmou a ministra.

A ABERTURA

A cerimônia de abertura da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres foi acompanhada por uma série de autoridades, como ministros, parlamentares e secretárias estaduais e municipais de políticas para mulheres.

Sentaram-se na mesa de honra, além da ministra Iriny Lopes, os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, Miriam Belchior, do Ministério do Planejamento, Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luiza Bairros, da Igualdade Racial, Alexandre Padilha, da Saúde, José Eduardo Cardozo, da Justiça, Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário, Luís Inácio Adams, da Advocacia Geral da União, Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, além das deputadas federais Rose de Freitas (PMDB-ES), Janete Pietá (PT-SP) e da secretária adjunta da SPM, Rosana Ramos.


Fonte: Retirado do site http://www.sepm.gov.br/  em 13 de dezembro de 2011 às 13h00min.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Plano de Ação - O Bullyng Racial na Escola

OBJETIVO:
Este plano de ação tem como objetivo debater e discutir as conseqüências psicológicas e violentas do bullying na escola, com o intuito de promover um ambiente de respeito, amizade e solidariedade entre os discentes oportunizando um lugar agradável de aprendizagem para todos.

JUSTIFICATIVA:
A escola é um lugar de muita diversidade, está variação cultural, social, racial e até mesmo genética é um caldeirão de oportunidades para o surgimento dos conflitos.

Ao mesmo tempo em que a escola se insere num contexto histórico de condições propícias para a representação de conflitos, ela é também lugar da produção de uma cultura de paz e reconstrução dos valores humanos, bem como afirma Behrens (2006):

A educação tem papel relevante nesse movimento de reconstrução, pois precisa propiciar meios para soterrar o paradigma conservador vigente e com ele o processo de injustiça, a visão individualista e competitiva, a violência e o desrespeito aos direitos humanos (2006, p.16).

Infelizmente nossa sociedade está repleta de discriminação e reversões de valores, e os conflitos são produzidos pelas desigualdades raciais/sociais, resultando num quadro de desrespeito ao ser humano com a prática da violência extrema no cotidiano das pessoas.

Um dos retratos de violência na escola atual se processa através do bullying, que tem ferido a autoestima e a vontade de estudar de muitos alunos, pois em alguns casos provocam a evasão escolar e afeta o aprendizado.

Para Fante (2005), o bullying é toda forma de agressão física ou verbal, sem uma razão aparente, que causa em suas vítimas conseqüências que vão desde o âmbito emocional até conseqüências na aprendizagem.

Segundo Fante (2005), o bullying escolar se resume em insultos, intimidações, apelidos, constrangimentos, gozações, acusações injustas, levando a exclusão, danos físicos, psíquicos e danos na aprendizagem. O autor destaca muito bem as conseqüências psíquicas causadas pelo mesmo, conforme expresso a seguir:
O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vítimas envolvidas (2005, p.26).

A pluralidade racial é uma característica da sociedade brasileira, o racismo pode ser considerado uma forma de bullying, uma vez que deprecia a pessoa pela sua aparência e principalmente pela sua cor, atribuída pela hierarquização do branco sobre o negro.

O bullying racista se manifesta quando o seu apelo pejorativo produz a discriminação ao negro através de seus traços genéticos.

Há uma transferência de valores dominantes e brancos que é reproduzido na sociedade e expresso em sala de aula, no convívio de aceitação marcante do fenótipo branco sobre o negro.

Há também, uma não aceitação do negro ao seu fenótipo, na tentativa de camuflar a própria aparência, no sentido de esperar ser mais aceito (a) pelos colegas e por si mesmo.

Então a pluralidade racial é um prato cheio para que o bullying se manifeste na escola. Piadas, apelidos, expressão de baixo escalão, tratamentos agressivos, são aferidos a negros no ambiente escolar.

O professor tem um papel fundamental no processo conscientizador para apaziguar os conflitos, construindo a busca pelo diálogo constante, da tolerância e dos valores humanos, constituindo uma cultura da paz.

É investindo na reflexão da importância da paz é que se podem formar cidadãos mais respeitosos e harmoniosos, participando ativamente da mediação dos conflitos.

DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Trabalhar o bullying racial é de suma importância para a formação do aluno, para a construção de uma sociedade equânime e com menos conflitos.

As aulas devem ser bem planejadas e preparadas, contribuindo tanto com a reflexão do aluno como também com a boa informação. Realizar um projeto com etapas bem definidas é uma excelente forma de obter bons resultados.

Num primeiro momento é muito importante conhecer o que a turma já sabe, conversando com a mesma e percebendo o nível de conhecimento e recepção dos alunos aos temas.

Em seguida, a turma deve ser dividida em grupos para que cada grupo desenvolva uma pesquisa diferente do outro, sobre os seguintes temas: O que é bullying, quais são os tipos de bullying, quais as conseqüências do bullying, como o bullying racial se manifesta e trabalhar as noções de valores humanos.

Depois de coletadas as informações, cada grupo deverá confeccionar painéis, cartazes e panfletos sobre o seu tema.

Num terceiro momento, cada grupo deve expor as suas produções e conhecimentos teóricos sobre o assunto, gerando debates entre eles e a turma.

Nas próximas aulas o professor deve explicitar sobre todos os conteúdos, orientando os alunos, informando e tirando dúvidas. As aulas devem ser atrativas, com apresentação de filmes que aborte os temas, como por exemplo, Carrie, a estranha ou Deixa ela entrar, ambos trabalham a temática do bullying.
Trabalhar com textos também são importantes. Ao final dos trabalhos os alunos poderão expor todos os cartazes e tudo que foi apreendido para toda a comunidade escolar.

CRONOGRAMA PARA O PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO
Para o planejamento de todas as ações faz-se necessário pelo menos duas semanas. Então o ideal seria a terceira e quarta semana do final de fevereiro de 2012. Para executar todo a projeto, penso que seria necessário pelo menos um mês, pois o assunto é muito abrangente e gera muitas discussões, além de ser muito polêmico, podendo se estender por mais dias que o esperado. Segue abaixo o cronograma:

Verificação do conhecimento dos alunos
Perguntas sobre a temática
Diagnóstico
02 dias
05/03/2012
A 06/03/2012
O que os alunos devem saber
Pesquisa em livros e revistas
Pesquisas na internet
04 dias
13/03à117/03
Confecção de materiais
Cartazes e painéis
Resumos e panfletos
07 dias
20/03 à 27/03
Explanação e trocas de aprendizado
Exposição oral
Exposição dos materiais confeccionados
03 dias
28/03 à 30/03
   Interlocução com o professor
Orientação e tira dúvidas
Filme Deixa ela entrar
04 dias
02/04 à 05/03


POPULAÇÃO BENEFICIADA
Trabalharei o tema em questão na escola EEEM Misael Pinto Neto, está localizada no centro de Aracruz, oferecendo o ensino médio regular e o EJA, atuando nos três turnos.

A comunidade escolar é formada por pessoas de vários bairros de Aracruz. Bairros tais como: Centro, Coabs 01, 02,03 e 04, Bela Vista, Vila Nova, Segatto, Morobá, De Carli, Vila rica, entre outros.

Tenho conhecimento do publico geral dessa escola, pois trabalhei vários anos na mesma. Em geral a clientela é carente, subempregada ou desempregada, sobrevivente. Na maioria das vezes conciliam estudo com trabalho, e isso se torna um grande desafio.

Os estudantes beneficiados serão uma turma de 2º grau, que de acordo com a verificação dos professores da mesma se mostra mais necessária a discussão dos assuntos expostos nesse plano de ação.

Referência Bibliográfica:
BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma da Complexidade:Metodologia de Projetos, Contratos didáticos e Portifólios. Petrópoles, RJ: vozes, 2006.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolar e educar para a paz. Editora Verus, 2005.

Trabalho elaborado pela aluna GPPGeR/UFES - Glediana Aparecida Danta Vicente – Polo Aracruz e escolhido para representar o Plano de Ação do grupo 04.

Um exemplo na minha comunidade - Aracruz - ES

Saudações colegas de curso e demais pessoas que apreciam nosso trabalho e apóiam a causa das mulheres. Minha tarefa nesta etapa do blog era pesquisar na comunidade casos que se ajustassem aos temas estudados durante o módulo 03.

Entrevistei a Sra. H. E. J. de 40 anos moradora de um bairro de alta vulnerabilidade social de Aracruz. Durante a entrevista a Sra H. E. J. aceitou falar sobre sua vida particular mas, me pediu que  seu nome completo não fosse divulgado, apenas as iniciais.

         www.pma.es.gov.br/noticia/1382/
Devido a este pedido usaremos apenas as iniciais. Dona H. E. J. nos contou um pouco de sua história de vida. Informou-nos que nasceu no interior do município e veio para a Sede ainda criança devido às várias dificuldades enfrentadas por sua família. Dona H tem 10 irmãos.

Ao chegar à Sede do município dona H. E. tinha apenas 08 anos de idade e estava em defasagem escolar pois desde muito nova precisava ajudar a mãe nas tarefas domésticas e devido a isto, faltava muito na escola, repetindo de ano por duas vezes consecutivas.

Na cidade dona H. E. teve melhores condições para ir a escola e se manter estudando. Mas seus irmãos infelizmente não conseguiram completar os estudos. Alguns deles tiveram que abandonar os estudos para ajudar na complementação da renda da família. Mesmo estudando um pouco mais que seus irmãos Dona H. informou que, se estivesse maiores condições hoje ela teria um emprego melhor. Atualmente dona H. trabalha como empregada doméstica na casa de uma família tradicional da região.

Dona H. informou-nos que por várias vezes se sentiu ofendida com alguns comentários de seus ex-patrões, comentários racistas e maldosos que a deixavam entristecida. Mas, ela nunca desanimou diante de situações de discriminação sofridas no emprego e na sociedade, ela nos disse que as vezes em que foi discriminada e as vezes em que se sentiu ofendida por comentários relativos a cor de sua pele e seu nível de escolaridade, serviram como meio instigador de maior atitude e ação por parte dela. Começou a denunciar as discriminações e violações de direitos que sofria. Trocou de casa (trabalho) e hoje possui carteira de trabalho assinada e todos os direitos trabalhistas garantidos na CLT.

Hoje dona H. voltou a estudar, terminou o Ensino Médio e está prestando vestibular para Direito. Dona H. é um exemplo para as mulheres, crianças e adolescentes do seu bairro, pois estimula todos a estudarem e a não aceitarem preconceitos e violências.

Texto produzido pela aluna GPPGeR/UFES – Princila da Cunha – Polo Aracruz.

Principais conceitos - Módulo 3 - Políticas Públicas em Gênero e Raça

Este módulo fez uma retrospectiva histórica da construção do conceito de raça e do protagonismo dos movimentos negros e, especialmente de mulheres negras, na produção de diagnósticos sobre as desigualdades raciais e na proposição de políticas de promoção da equidade. Começa abordando a construção histórica da idéia de raça e demonstra como a produção de homogeneidades e hierarquias na construção dos Estados Nacionais, bem como as relações entre os centros hegemônicos do ocidente com o “resto do mundo”, gerou a idéia de raça, e num segundo momento abordará o caráter multifacetado e contraditório desta concepção.

Podemos observar que houve um aumento não só do número de mulheres na representação política, mas também um quantitativo maior na promoção de leis direcionadas às mulheres.  Ao se articularem seja como movimentos sociais, sejam como associações civis, os grupos tradicionalmente excluídos, ganham maior participação e peso político e com isto recolocam para o Estado as suas demandas que serão supridas mediante a construção de políticas públicas efetivas, criando desta forma, uma interdependência entre as dimensões do Estado e da sociedade, onde ambos influenciam e são influenciados.

Não podemos ignorar a cidadania negada a determinados grupos sociais dados a sua condição de classe social.  Contudo, é por demais óbvio que o acesso a direitos como saúde, educação, capacitação, recursos econômicos, proteções relacionadas ao mercado de trabalho e à participação política são oferecidos com maior escassez às mulheres (em especial às mais pobres).

Dentro do movimento negro, a conquista foi ter levado o país a refletir sobre o racismo, e questionar o mito da democracia racial brasileira e para o movimento de mulheres negras, [a conquista] foi constituir-se em um segmento organizado da sociedade civil brasileira e levar o movimento de mulheres e o movimento feminista a considerar os efeitos do racismo e da discriminação racial sobre a agenda de direitos das mulheres brasileiras – na saúde, na educação, no trabalho, nos meios de comunicação, entre outros assuntos.

O racismo no Brasil se mostra mais difícil de combater porque existe uma incrível resistência de assumi-lo como um problema social, moral e ético contra as pessoas que descendem daquelas que tiveram a experiência da escravidão. Embora as populações negras e indígenas tenham um histórico comum de discriminação e exclusão étnico-raciais na mídia, destacamos a luta pela inserção da temática negra por entendermos que o movimento negro, por razões históricas, e durante um longo período, foi sozinho o principal ator social na denúncia da exclusão racial e das desigualdades raciais no Brasil e, por conta disso, exibe maior acúmulo em algumas ações estratégicas para a promoção de mudanças.

Existem dificuldades e resistências pela sociedade e a própria política pública, por serem políticas nunca antes sequer discutidas dentro dos governos. Mas avalio que, se governo e sociedade civil organizada, de maneira plural, trabalharem de forma conjunta – o governo executando as políticas e sem receio de que a sociedade civil monitore, avalie e sugira –, teremos políticas públicas eficazes para nossa população.

Tivemos a oportunidade de ampliarmos nossos conhecimentos através da gama de conceitos utilizados no decorrer desse módulo. Vale ressaltar aqui alguns mais importantes:

O Darwinismo Social afirma a existência de "características biológicas e sociais que determinariam que uma pessoa é superior à outra", o que torna claro a relação entre darwinismo Social e Etnocentrismo.

Antropologia é uma ciência humana que estuda o ser humano e suas relações (sociais, econômicas, sentimentais, comportamentais, culturais, etc).Portanto, os antropólogos estudam a diversidade cultural dos povos.

Cultura - podemos entender todo tipo de manifestação social. Modos, hábitos, comportamentos, folclore, rituais, crenças, mitos.

Racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo é um conjunto de opiniões pré concebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.

Etnocentrismo – considerar as categorias, normas e valores da própria cultura ou sociedade como parâmetro aplicável a todas as demais (Definição dicionário Aurélio, 1999, p.849).

Racialismo – conjunto das ciências que buscam comprovar que a raça humana está subdividida em outras raças ou sub-raças.

Xenofobia – repulsa ao que é e a quem é estrangeiro/a.

Relatos de Viajantes – O relato de viajantes constitui um importante material de informações e pesquisa sobre o cotidiano, grupos étnicos e outros. Os relatos revelam olhares de europeus sobre a realidade das Américas. Há autores que denominam esses relatos como a segunda descoberta da América. Os viajantes se propunham conhecer e aceitar “os diferentes” embora vários relatos sejam carregados de preconceitos.

Monogenismo – sistema antropológico que considera todas as raças humanas provenientes de um tipo único primitivo.

Poligenistas – defendem a teoria de que a humanidade não tem uma origem comum, mas descende de espécies distintas, de diversos grupos humanos.

Degeneração – perder as características próprias da espécie.

Línguas semitas – Nos estudos linguísticos do século XIX, os termos semita, hamita e camita foram utilizados para referirem-se simultaneamente a grupos linguísticos e a grupos raciais. Note-se a continuidade do uso de termos bíblicos na ciência dessa época. No século XX, o tronco linguístico semita passou a ser designado como “afro-asiático”.

Gobineau – Uma das obras mais importantes do século XIX, para as doutrinas racistas, foi o Essai sur l’inégalité des races humaines, publicada por Arthur de Gobineau. Para Gobineau e seus/as seguidores/as, a história humana estava determinada pelas raças e era, além disso [...] “uma sucessão de triunfos das raças criadoras, dentre as quais a anglo-saxônica era preeminente” (Skidmore, 1976: 67).

Raça - é um conceito que obedece diversos parâmetros para categorizar diferentes populações de uma mesma espécie biológica desde suas características genéticas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais

Etnia - deriva do grego ethnos, cujo significado é povo. A etnia representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. Esta diferenciação ocorre em função de aspectos culturais, históricos, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos. 

Aculturação – processos pelos quais as pessoas aprendem os padrões de comportamento do seu grupo social.

Determinismo racial – a teoria determinista vê o ser humano como produto de três fatores – meio ambiente, raça e momento histórico. O determinismo racial afirma que a “raça” determina, ou seja, define as escolhas, as características morais e intelectuais. Para o determinismo racial, existe uma raça superior, a branca, e raças inferiores (não brancas).

Estratificação social refere-se a um complexo de instituições sociais que geram desigualdades questão racial e de gênero.

Desigualdade - É, fruto da combinação destes processos: os trabalhos, as ocupações e os papéis sociais na sociedade são combinados aos “pacotes de recompensa” que possuem valores desiguais (GRUSKY,1994).

Racialmente endogâmicos - casamentos entre pessoas pertencentes à mesma raça/etnia.

Autonomização – processo que se governa e se reproduz por si mesmo e por suas próprias leis, de forma independente.

Origem familiar: Diz respeito à situação social das famílias; os recursos disponíveis a seus membros são fundamentais para a trajetória socioeconômica dos indivíduos.

A internalização de recursos: Trata-se das condições e possibilidades nas quais crianças e adolescentes das famílias iniciam sua trajetória social. Questões como taxas de mortalidade infantil, acesso à educação infantil e a escolarização básica caracterizam essa etapa do processo.

Background social – origem e ambiente social dos indivíduos.

Autonomização de status - Corresponde à fase do ciclo de vida na qual o/a jovem começa a adquirir status social próprio, envolvendo primordialmente duas dimensões: acesso ao mercado de trabalho e escolha marital (que corresponde aos diferentes arranjos na constituição de uma nova família).

Realização de status - fase correspondente ao momento no qual o indivíduo assume um status próprio e autônomo definido a partir da sua posição na estrutura sócio-ocupacional e da distribuição da renda pessoal.

Elites Negras - Essa denominação aparece frequentemente nos ciclo de estudos de relações raciais, financiados pela UNESCO, na voz de intelectuais como Bastide e Fernandes (1955), Costa Pinto (1953) e Thales de Azevedo (1953), dentre outros.

Black Power - foi um movimento liderado por negros/as, que teve seu auge no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. 

Embranquecimento social - segundo Andreas Hofbauer, “o ideário do branqueamento induz a negociações contextuais das fronteiras e das identidades dos envolvidos. Essa prática social contribui não apenas para encobrir o teor discriminatório embutido nessa construção ideológica, mas também para abafar uma reação coletiva. Assim a teoria do branqueamento ‘atua’ no sentido de dividir aqueles que poderiam se organizar em torno de uma reivindicação comum, e faz com que as pessoas procurem se apresentar no cotidiano como o mais branco/a possível” (HOFBAUER, A. Uma história de branqueamento ou o negro em questão. São Paulo: Editora da UNESP, 2006, p. 212-213).

Criola (1992) - é uma organização da sociedade civil conduzida por mulheres negras, a partir da defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal.

Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etnia.htmsquisa.com/o_que_e/etnia.htm
http://www.euniverso.com.br/Oque/aculturacao.htmhttp://www.armagedomfilmes.biz/
Introdução ao Racismo..  in: Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça/GPP-GeR. Texto acessado em 26/10/2011: ttp://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo3.

Texto produzido pela aluna GPPGeR/UFES -  Margareth da Penha Spinassé Lechi – Polo Aracruz.