sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Caso Eloá: ‘O que ele dizia que sentia não era amor. É posse’

Diretora do Instituto Patrícia Galvão, entidade de defesa dos direitos da mulher, Jacira Melo avaliou que a condenação de Lindemberg Alves a 98 anos e 10 meses de prisão foi “exemplar”.- Foi exemplar para um caso que precisava ser exemplar. Um crime bárbaro, premeditado. Exemplar para os jovens, para mostrar que a relação de amor, de amizade, de paixão é uma relação de respeito.

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Segundo ela, o tamanho da pena corresponde aos crimes que ele cometeu:

- O que ele disse no julgamento, que não havia premeditado, foi uma estratégia de defesa - afirmou, classificando o crime como “bárbaro”.

A militante feminista destacou que os jovens devem refletir sobre o fim trágico do caso de Lindemberg e Eloá Pimentel.

- Eram dois jovens no começo da vida. O que ele dizia que sentia não era amor. É posse. A não aceitação do fim do relacionamento. As jovens devem ficar alertas porque ciúme excessivo não é paixão. Essa possessão, esse machismo, não valem nada. Vamos para o século XXI.

Para Maria Amélia de Almeida Telles, da União de Mulheres de São Paulo, o resultado do julgamento já era esperado.

- É importante que se puna e enfrente essa questão da violência contra a mulher - declarou, acrescentando que ficou surpresa com o fato de Lindemberg não ter manifestado durante o julgamento que não tinha o direito de tirar a vida de Eloá.

Fonte: Retirado do site http://oglobo.globo.com/  em 17 de fevereiro de 2012 às 14h00min.

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