sábado, 18 de agosto de 2012

"São violências cruéis", diz ministra sobre violência contra mulher em Vitória

Na semana em que a Lei Maria da Penha completa seis anos de vigência, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou que os índices de violência no Espírito Santo preocupam o órgão, que é ligado à Presidência da República. Em entrevista ao programa de rádio "Bom dia, ministro", Menicucci afirma que a situação registrada em Vitória é preocupante.

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"Vitória e o Espírito Santo preenchem o ranking entre os três estados e as três cidades com maiores números de denúncias ao telefone 180. Por outro lado, Vitória nos preocupa pelo alto índice de violência contra as mulheres. São violências bastante cruéis", declarou a ministra em resposta à Rádio CBN Vitória (93,5 FM).

Eleonora Menicucci afirma que está em vigor o reforço de um pacto com o governo do Estado para efetivação de uma rede de atendimento às vítimas de violência, que conta com Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, casas abrigos, defensorias públicas, serviços de saúde e acesso à informações. As articulações também fazem parte da campanha  “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A lei é mais forte”.

"Temos que atinger a cultura e a mentalidade da sociedade para mudar o pensamento de que não é crime bater e matar mulheres", declarou a ministra.

Ao tomar conhecimento do caso da mulher que foi assassinada pelo ex-marido dentro de um ônibus do Transcol no último domingo (05), na Serra, e que a medida protetiva contra o atirador havia sido suspensa a pedido da vítima após ameaças, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres comentou que, de maneira geral, a maioria das delegacias não acreditam nas denúncias.

"Não acreditam no que elas [vítimas] dizem. Dias depois elas acabam mortas. Temos que botar em práticas as medidas protetivas, tirando mesmo essas mulheres de onde elas vivem, seja até com filhos, levando para casas abrigo. A rede deve ser reforçada", frisou.

Eleonora Menicucci explicou ainda que hoje só se pode retirar a denúncia contra um agressor na presença de um juiz, na Vara Familiar. "Estamos contando com o poder judiciário para ampliar isso", disse.

Fonte: Retirado do site http://gazetaonline.globo.com  em 09 de agosto de 2012 às 23h43min.

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