quarta-feira, 9 de novembro de 2011

'Fui bem recebida', diz aluna do PR que contou ser agredida por ser negra

A adolescente de 15 anos, que diz ter sido agredida e xingada por colegas por ser negra, em uma escola pública de Curitiba, afirmou que se sente "mais tranquila" após mudar de colégio.

"Já estou no meu terceiro dia na nova escola e no geral fui bem recebida. Algumas pessoas me olharam esquisito, mas acredito que é porque sou nova na escola. Os professores e o diretor não sabem o que aconteceu comigo, mas me trataram bem", contou a menina em entrevista ao G1.

http://g1.globo.com/
"Eu cheguei bem tranquila e sentei na fila do meio. Depois fiquei só observando como as pessoas iriam reagir, mas foi tudo normal, me senti à vontade", acrescentou à adolescente.

A garota disse que as colegas deram chutes, socos e pularam em cima dela, até ela cair no chão, dentro do banheiro do colégio. “Eu sei que saí com o nariz sagrando, todo mundo viu”, contou. A estudante ainda disse que as provocações racistas e xingamentos acontecem há pelo menos cinco meses. Além disso, ela afirma que as colegas se referiram a ela como “macaca”.

Depois do episódio de agressão, uma das garotas ainda fez referência à estudante agredida em uma rede social na internet usando o termo “macaca”.
A mãe, que preferiu não se identificar, afirmou estar aliviada com a mudança. "Só eu e minha filha sabemos o que passamos. Além de todo o constrangimento ainda fomos chamadas de mentirosas. Agora quero que ela esqueça tudo e possa estudar com tranquilidade", disse.

Segundo a delegada Luciane de Novaes, as jovens acusadas vão responder por ato infracional e podem ser punidas com prestação de serviço comunitário.
“Queremos que o adolescente se conscientize de sua atitude errada, se torne mais humilde e perceba seus semelhantes”, afirmou Novaes.

Fonte: Retirado do site http://g1.globo.com/  em 09 de novembro de 2011 às 17h00min.

4 comentários:

  1. "as jovens acusadas vão responder por ato infracional e podem ser punidas com prestação de serviço comunitário".
    Será que isso vai transformar estes "monstrinhos"em humanas...as vezes acho que deveria haver mais rigor...
    Ninguem nasce preconceituoso, racista, etc...sou a favor da família também ser "trabalhada"...(Desabafei...aff).
    "A mais premente necessidade do ser humano é tornar-se humano" (Clarice Lispector)...

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  2. Realmente amiga, apesar da nossa legislação acerca das crianças e adolescentes ser uma das mais avançadas e elogiadas do mundo, verificamos que apenas o dispositivo legal existente não é suficiente para coibir ações como a descrita na matéria. Uma das soluções então seria trabalhar a família dessas crianças e adolescentes, de preferência de forma preventiva, antes que fatos como o descrito ocorram.

    Belíssima a sua opinião, e com certeza irá despertar a reflexão das pessoas que acessam o nosso blog, contribuindo para a discussão acerca da problemática.

    Muito Obrigado pela sua contribuição!

    Anderson Pissinate Poltronieri

    Aluno GPPGR/UFES/Polo Aracruz.

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  3. É verdade meu amigo....como disse Nelson Mandela
    "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,jamais extinta."
    #Fato#

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  4. Concordo Jai, “para odiar, as pessoas precisam aprender”, ninguém nasce sabendo. O conhecimento, o caráter e muitas outras características são desenvolvidas pelo ser humano com o passar do tempo...a educação e o exemplo que cada um recebe, dos pais, dos professores, dos familiares contribuíram para a formação desse ser em desenvolvimento.

    Citando também Nelson Mandela – “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para o mundo”.

    Acredito sim, que podemos ensinar a todos a respeitar a diversidade...

    Anderson Pissinate Poltronieri
    Aluno GPPGR/UFES/Polo Aracruz.

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