sábado, 30 de julho de 2011

As diversas formas do preconceito

Observando uma tese de mestrado “O QUE AS CRIANÇAS FALAM E QUANDO ELAS SE CALAM: O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NO ESPAÇO ESCOLAR”, tendo como objeto de estudos uma escola municipal de Barra do Riacho - Aracruz, podemos notar como a diversidade étnico/racial/gênero é tratada em nosso país, principalmente nas escolas, onde  na maioria das vezes, a própria instituição - espaço de presença multicultural,, desconhece as discriminações que ocorrem em seu espaço e assim, permitem  que a diversidade seja motivo de preconceitos  e  violências.

Segundo a autora o local escolhido para pesquisa se “apresenta um lócus privilegiado de investigação sobre a temática étnico-racial por se localizar em contexto social e cultural complexo. A constituição prioritariamente de negros e indígenas, e o grande fluxo de pessoas no seu cotidiano, devido à característica econômica do bairro, oferecem elementos concretos à investigação das ações discriminatórias ali manifestadas assim como, dos encontros suscitados na alteridade”. (LOPES, 2008).

Em seu estudo a autora tomando como base Heller (1992) teoriza que: preconceito representa um sentimento de juízo provisório frente aos argumentos racionais.  Desse modo, se ele é provisório, pode então ser modificado. Esse juízo confere valor ao que parece inferior ou simplesmente diferente. Por outro lado, a discriminação não é abstrata e sim uma ação na concretização do preconceito, onde a discriminação seria então uma  conseqüência do preconceito.

No mercado de trabalho podemos notar as diferenças, onde as mulheres negras que ascendem aos melhores cargos realizam muito mais esforços tanto para comprovar a competência profissional e ainda driblar o preconceito e a discriminação racial. A questão de gênero é, em si, um complicador, mas, quando somada à da raça, significa as maiores dificuldades para os seus agentes. (Silva, 2003)

Sabemos o quanto a discriminação e o preconceito podem ser perpetuados na sociedade.  Por exemplo, a questão dos apelidos, os negros ‘ganham’ diversos, tem pessoas que até os julgam ‘carinhosos’. A própria mídia favorece essa perpetuação, vejamos, por exemplo, uma novela de uma grande emissora brasileira “DA COR DO PECADO”, quem não se lembra? A atriz principal era negra, por que relacionar a pele negra com pecado? Será pecado ser negro?

Deixemos aqui um espaço para discussão...

Fonte: Tópico elaborado pelas alunas GPPGER Jovilde da Penha Favalessa Almeida e Walesca Fisch, tendo como base o trabalho acadêmico O que as crianças falam e quando elas se calam: o preconceito e a discriminação étnico-racial no espaço escolar / Marluce Leila Simões Lopes que foi retirado do site: http://www.ppge.ufes.br/dissertacoes/2008/MARLUCE%20LEILA%20SIM%D5ES%20LOPES.pdf em 28 de julho de 2011 às 09h00min.

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