sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um estudo de caso de violência feminina na comunidade de Aracruz - ES

A pós graduanda Gleidiana Aparecida Vicente realizou uma pesquisa de campo sobre a violência contra a mulher no município de Aracruz e nos trouxe o seguinte relato:

Quase que diariamente reportagens sobre a violência contra a mulher no país são veiculadas a mídia, e Aracruz também está inserida nesse triste contexto. Depois de uma pesquisa na Delegacia da Mulher de Aracruz, foi verificado que de janeiro a julho deste ano, houve 170 inquéritos de agressões contra a mulher, um aumento de 340% dos casos, comparados ao mesmo período do ano passado, onde se verificou 55 inquéritos.
Segundo a delegada Cecília, o número de vítimas brancas e negras no município está equiparado.
Por motivos éticos a delegada não pode fornecer nenhum relato verídico para a pesquisa, mas oportunamente uma mulher que se encontrava no local registrando uma ocorrência contra o esposo não se incomodou de fornecer sua lamentável história como exemplo da pesquisa.
O relato do caso chama a atenção, por sua gravidade:
Uma mulher negra, de 22 anos, casada há 7 anos e 9 meses, moradora do distrito de Barra do Sahy (litoral do município de Aracruz) e mãe de um menino de 7 anos, sofre constantemente agressões físicas e verbais. Ela relata sua história aos prantos e diz que não suportando mais a violência do marido resolve se separar. No entanto, o seu parceiro a agride por ciúmes e se torna cada vez mais violento por ser usuário de drogas.
Ele bate, espanca, dá pontapés, tem relações sexuais perto do filho, estupra e a chama de negra, de horrorosa, humilha-a de todas as formas e já chegou até a esfaqueá-la.
Apesar de ainda possuir sentimentos por ele, ela quer que ele fique preso, pois ele a ameaça de morte constantemente.
Fonte: Dados da Delegacia da Mulher de Aracruz e depoimento de uma vítima.

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